tag:blogger.com,1999:blog-79999884238152646852024-03-05T22:03:38.331-03:00Litera NautaEspaço onde torno públicas as minhas produções textuais: poemas, contos, artigos etc. Também é um local para trocar ideias e conhecimentos sobre língua, cultura, sociedade, linguagens, textualidade e o que surgir.Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.comBlogger59125tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-64218089304500415442023-10-04T17:12:00.005-03:002023-10-04T17:12:50.623-03:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhu26VZT0JdjR0GZ0SViFJhT485ENqok_lNzPXYOJvdmMw_eghcETAakxOnGMc9TbIu_DZ948A6ODEfSlkH84VZW6X4o7yfuuTlEU_mna2dCQ4ywI1Own2d6cqKUP3TqhDT9EymCg4ZhwsXAF-wRi7UTrjEurRZEfUXseF9l5zR3hhzjc0RlktGL72oZOg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="446" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhu26VZT0JdjR0GZ0SViFJhT485ENqok_lNzPXYOJvdmMw_eghcETAakxOnGMc9TbIu_DZ948A6ODEfSlkH84VZW6X4o7yfuuTlEU_mna2dCQ4ywI1Own2d6cqKUP3TqhDT9EymCg4ZhwsXAF-wRi7UTrjEurRZEfUXseF9l5zR3hhzjc0RlktGL72oZOg=w446-h446" width="446" /></a></div><br /><p></p>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-9672703839941342832012-04-03T11:49:00.003-03:002012-04-03T11:50:02.030-03:00Negra arretada<div class="MsoNormal"><br />
<br />
<br />
Negra, meu <b>dengo</b> bonita</div><div class="MsoNormal">Exibe na canela sua <b>miçanga</b></div><div class="MsoNormal">Ginga, dança e o <b>fiofó </b>arrebita</div><div class="MsoNormal">Leva o <b>fuxico</b> dentro da <b>capanga</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Vai procurar pegar <b>caxumba</b> </div><div class="MsoNormal">Que faz inchar até a <b>xoxota</b></div><div class="MsoNormal">Na rival através de <b>macumba</b></div><div class="MsoNormal">Mas não admite derrota</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Pede inspiração a <b>Zumbi</b></div><div class="MsoNormal">Pratica os rituais do <b>candomblé<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal">Tudo com <b>mandinga </b>e muita fé</div><div class="MsoNormal">Rogando aos orixás sempre sorrir</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Negra faceira que balança o <b>caxixi</b></div><div class="MsoNormal">Rebola e requebra na <b>milonga<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal"><b>Sacana</b>, enfeitiça a platéia toda</div><div class="MsoNormal">Nem o <b>xibungo</b> quer partir!!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Poema produzido na Disciplina Língua e Cultura Africana - Prof. Ms. Marielson Carvalho</div><div class="MsoNormal">Em grupo composto por:</div><div class="MsoNormal">Giomara Gomes</div><div class="MsoNormal">Ivânia Rocha</div><div class="MsoNormal">Leusina Monteiro</div><div class="MsoNormal">Lílian Matos</div><div class="MsoNormal">Ronaldo Almeida</div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-78217836307373960892012-04-03T11:33:00.000-03:002012-04-03T11:33:54.231-03:00O PODER DE DECISÃO DAS MULHERES<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b><span lang="EN-US">Introdução<o:p></o:p></span></b></div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O presente artigo propõe o estabelecimento de algumas provocações como: homens e mulheres são iguais? O que as mulheres realmente desejam? Quem deveria elaborar as políticas para mulheres? As mulheres conquistaram a sua independência de fato?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Não há quaisquer pretensões de se esgotar o tema que, aliás, é bastante amplo, no sentido dos diversos matizes envolvidos, embora nem sempre os materiais produzidos sejam profícuos ou mesmo acessíveis a todas as pessoas, principalmente aquelas das camadas mais populares da sociedade, que normalmente são as que mais necessitam desse tipo de informação.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Sabe-se que a discussão a respeito da necessidade de promoção da igualdade de gênero não é muito recente e, apesar disso, muitas pessoas, inclusive mulheres, permanecem alheias a essa temática. Então, oferece-se mais um pouco de combustível, a fim de fomentar o debate em torno desse assunto tão importante.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> As reflexões contidas neste artigo são fruto de anos de convivência da autora com mulheres e do grande interesse no assunto, surgido da necessidade de sobreviver entre dez irmãos do sexo masculino. Também é importante ressaltar as leituras e discussões em sala de aula, a fim de incitar as alunas e alunos a pensar a respeito de suas semelhanças, diferenças, direitos e oportunidades enquanto seres humanos, levando-se em conta a dicotomia homem X mulher em que foram criados.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A linguagem utilizada pretende ser a mais simples possível, a fim de que o texto possa ser compreendido por qualquer pessoa que tenha acesso a ele. Propositadamente, foram evitados termos técnicos e foram usadas expressões mais conhecidas.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O tema aqui tratado não é nenhuma novidade; o que se busca é dar uma roupagem nova a ele; uma tentativa de lançar novos olhares sobre o que está estabelecido até o momento, tendo em vista que a questão de gênero às vezes é banalizada, como se todas as discriminações, violências e repressões contra a mulher fossem normais e, de certo modo, aceitáveis. Portanto, nunca é demais tratar de algo que as pessoas precisam saber e muitas ainda não sabem.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> <i><o:p></o:p></i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b>Objetivos<o:p></o:p></b></div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O objetivo principal deste artigo é promover a reflexão sobre as relações de gênero, focalizando o poder de decisão das mulheres ontem e hoje, frente à sua realidade.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Os objetivos secundários e decorrentes do primeiro seriam incentivar a identificação das mulheres com o assunto do texto, bem como estimular o seu posicionamento diante dos fatos e também alertar sobre a importância da participação efetiva da mulher nos processos decisórios da sociedade na qual está inserida.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Finalmente, há o desejo de apontar caminhos para a promoção da igualdade de gênero e acenar com a possibilidade real de que isso um dia aconteça.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Há a pretensão de convidar as pessoas, especialmente as mulheres à ação, a fim de que se tornem sujeitas de sua própria vida, assumindo as dores e alegrias da sua condição de ser humano.</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b>Metodologia<o:p></o:p></b></div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Para escrever este artigo, foi feita uma revisão da literatura existente sobre relações de gênero, relações humanas e sociais e também a consulta em fontes históricas e de dados estatísticos a respeito do assunto.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A maior parte das fontes foram eletrônicas, consultadas através da internet, ferramenta essencial para quem deseja agilidade e atualidade na aquisição de dados e informações. Todas as visitas aos sítios eletrônicos foram feitas entre os dias 26 de novembro e 20 de dezembro de 2007.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Paralelamente à pesquisa bibliográfica, aconteceram encontros com alunas e alunos do Ensino Médio do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães de Irecê, escola pública na qual a autora é docente, com o objetivo de estudar e discutir a promoção da igualdade de gênero, bem como estimular a reflexão e a produção escrita a respeito do assunto.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Os encontros foram realizados nos dias 28 e 30 de novembro; 03, 05, 07, 10, 12 e 14 de dezembro do corrente ano e ajudaram a subsidiar esse artigo, além de incentivar os alunos a escreverem os seus próprios textos.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Ademais, a leitura sobre questões de gênero já vinha sendo feita a muito tempo, visto que é um assunto de primeira grandeza para a autora, que vê na valorização da mulher um passo essencial para a evolução da humanidade e a efetivação da igualdade entre os seres humanos. </div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b><br />
</b></div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b>I – Desigualdade ao longo dos tempos<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Há muito tempo floresce a discussão sobre os direitos das mulheres, válida e indiscutível, mas não é dado o destaque que merece à questão sobre o que o sexo feminino considera como direitos reais e se as evoluções que vêm ocorrendo é o que elas almejam de verdade para as suas vidas; e também, e não menos importante, se estão preparadas para administrar as conquistas e suas respectivas conseqüências.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> As vitórias do movimento feminista trouxeram benefícios inegáveis, mas não se pode esquecer um aspecto perverso dessas conquistas: na luta por direitos iguais, o que as mulheres conseguiram foi acumular funções, culpar-se por não cuidar dos filhos como gostariam e fazer parte da lista de milhares de brasileiros estressados e que têm uma péssima qualidade de vida.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Independência? Dinheiro? Poder? O que realmente as mulheres desejam? Trabalhar fora ou cuidar da casa e dos filhos somente? Estudar, ingressar no mundo artístico, cultural e/ou científico?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O trabalho em educação, que é um dos mais desvalorizados no País, tem o seu quadro composto por mulheres, em sua grande maioria. No Brasil, mais de 80% dos trabalhadores na Educação Básica são mulheres (CNTE, 2003) e elas estão descontentes com o trabalho e também com a vida pessoal – muitas delas trabalham dentro e fora de casa, não sobrando tempo para o lazer ou para investir em sua formação.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Observando o quadro funcional da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, em que comprovadamente a maioria absoluta do seu contingente é constituído por mulheres, percebe-se que elas não estão presentes nos principais cargos. Aliás, pode-se afirmar que houve um retrocesso nesse aspecto do governo atual em relação ao anterior: antes havia uma Secretária da Educação; hoje, há um Secretário. Na Superintendência de Recursos Humanos, atuava uma superintendente; o cargo é ocupado hoje por alguém do sexo masculino. De um total de 10 cargos de chefia da Secretaria da Educação, 7 são ocupados por pessoas do sexo masculino (SEC/Ba, 2007). Além desses, é possível citar a Reitoria da Uneb, a Diretoria do IAT – Instituto Anísio Teixeira (Centro de Formação de Professores), entre outros cargos que eram ocupados por mulheres e atualmente estão preenchidos por homens. Esses dados exemplificam, a grosso modo, como o machismo ainda se encontra arraigado no seio da sociedade, em instituições que deveriam ser totalmente isentas de preconceitos dessa ou de quaisquer outra natureza, uma vez que são pioneiras na luta contra os diversos tipos de discriminação.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A educação, que tem a obrigação, por sua própria natureza, de abordar a urgente necessidade de se respeitar e garantir os direitos do gênero feminino, só o faz teoricamente. Na prática, os homens são os chefes, como na maioria das instituições públicas e privadas, e as mulheres são as subordinadas e desvalorizadas profissionais secundárias, muitas vezes mais capacitadas e competentes que seus superiores hierárquicos do sexo oposto.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> No Brasil, segundo dados do IBGE, as mulheres possuem mais anos de escolarização que o sexo oposto e também são maioria na universidade, mas a formação mais consistente não lhes garantiu maiores salários ou melhores condições de vida.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Existe a idéia de que as mulheres estudam mais que os homens porque têm mais tempo do que eles e também porque prevalece o preconceito de que o homem é quem tem a obrigação de sustentar a família, sendo forçado, portanto, a ingressar no mercado de trabalho, muitas vezes abortando sua vida escolar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Se a idéia explicitada anteriormente é verdadeira, por que a cada dia aumenta o número de mulheres chefes de família? De acordo com o IBGE, esse número era de 21,9% no ano de 1992; em 1999, elas eram 26% da população brasileira adulta, tidas como principais ou únicas responsáveis pelo sustento da casa. Isso sem contar que ainda existem famílias em que o homem é declarado o principal provedor, mas na verdade não o é: ou as despesas são divididas, ou até mesmo a mulher arca com a maioria dos gastos; porém isso é omitido por vergonha e preconceito, maquiando, portanto, esse resultado do censo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> De acordo com pesquisa realizada por estudantes de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia, do Campus I, Salvador, em 1996 com alunos da própria Uneb, da Ufba e da Ucsal, de vários cursos, os melhores alunos, entre homens e mulheres são elas; entre as casadas e solteiras, as primeiras ganham; entre as casadas sem filhos e as que têm prole, essas últimas são mais aplicadas que aquelas; e, finalmente, as que trabalham fora, independentemente de serem ou não casadas, superam em quantidade e qualidade as que não trabalham. Como isso é possível? Até que ponto os fatores casa, filhos, trabalho fora podem interferir na formação e profissionalização das mulheres? O que isso tem a ver com as escolhas feitas por elas?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> É evidente que as mulheres representam hoje mais de 50% da população brasileira e cerca da metade da população mundial. Hoje, segundo dados da UNESCO, há aproximadamente, 3 bilhões de pessoas do sexo feminino no mundo inteiro. Por que um contingente tão significativo de pessoas não consegue ter seus direitos reconhecidos e respeitados?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Alcançar a igualdade de gênero é um dos objetivos propostos pela ONU para este milênio para todo o mundo. É uma meta difícil de ser alcançada, visto que os Países Nórdicos, que lideram o ranking mundial nesse quesito, ainda não promovem, de fato, a tão sonhada eqüidade entre homens e mulheres. Se essas nações, que são altamente desenvolvidas, como Suécia, Dinamarca e Finlândia, alcançaram cerca de 80% dos requisitos para a promoção da igualdade de gênero, o que dizer de países do terceiro mundo como o Brasil, que é o melhor da América Latina e ocupa apenas o 74º lugar?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Há muitos questionamentos e também muitas respostas a respeito da desigualdade entre os gêneros, e assim mesmo esta persiste, apesar da evolução dos tempos. Há razões notadamente históricas, arraigadas ao longo dos milênios no seio da humanidade. O texto bíblico tem sido, justamente na sua interpretação mais popularizada, desde a Antigüidade, um estimulador da diferença entre os sexos, e da “inferioridade” do sexo feminino, em várias passagens, como na Gênese, na qual Eva foi criada a partir de uma costela de Adão. Portanto, menor que este.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Na Idade Média, época em que o conhecimento e o poder estavam sob a égide da Igreja Católica, as mulheres nunca foram tão perseguidas; muitas delas foram julgadas e condenadas à fogueira pelos tribunais da Inquisição. Os crimes? Os mais bizarros possíveis: bruxaria, heresia...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Joana d’Arc, mais conhecida mártir daquela época, só desejava unificar a França (CHALITA, 2005). Mas onde foi que já se viu uma mulher se vestir de homem e lutar entre eles? E, mais grave ainda, conversar com pessoas do sexo “forte”, demonstrando mais inteligência, coragem, ousadia e percepção do que qualquer deles?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O tempo passou, o mundo evoluiu. Na Idade Moderna, as ciências, as letras e as artes deram um salto no seu desenvolvimento, em contraste com os dez séculos anteriores, em que a humanidade passou mil anos no ritmo lento da Idade Média. Com o declínio do Feudalismo, as pessoas agora passaram a formar ajuntamentos, que formariam os burgos, onde seriam desenvolvidas novas formas de produção, como o comércio e o artesanato.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Com a ascensão da burguesia ao poder, e o estabelecimento de novas formas de trabalho, de comércio e de relacionamento entre capital e trabalho e também pelo advento das Revoluções Industriais, as mulheres iam sendo levadas por essas tsunâmis de mudanças, que exigiam da sociedade vigente até então novas posturas diante das necessidades que surgiam com o aumento da produção de bens e da diversificação dos serviços.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A sociedade que promovia as guerras, a industrialização, os avanços científicos e tecnológicos e que estabelecia o capitalismo liberal como regente das relações econômicas e, de certo modo, das relações sociais, exigiu das mulheres a incorporação de papéis que pudessem suprir as necessidades dessa nova e complexa ordem que passou a vigorar no mundo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Dessa forma, as mulheres começaram a ingressar no mercado de trabalho, pois os homens não eram em número suficiente para suprir a demanda das fábricas e dos crescentes estabelecimentos comerciais, muitos deles estavam no campo de batalha ou desenvolviam pesquisas tecnológicas e científicas a fim de melhorar as chances de vitória de seus países na guerra. Na falta destes, aquelas eram convocadas a preencher as vagas ocasionadas pela ausência de oferta de mão-de-obra masculina. Além disso, havia atividades que pareciam combinar mais com o trabalho feminino, como bordado, costura e outras atribuições similares.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Outro detalhe importantíssimo para a aquisição da mão-de-obra feminina naquela época foi a mais-valia. Ora, sendo o modelo econômico vigente o capitalismo, promovido pelo liberalismo burguês, se fazia mister que os lucros fossem maximizados e, para isso, nada melhor do que a mão-de-obra barata representada pelo contingente de mulheres trabalhadoras, que desempenhavam funções idênticas às dos homens e recebiam muito menos que eles.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> No mesmo período de crescimento das cidades e expansão econômica, houve um crescimento da natalidade entre pessoas mais jovens, uma vez que ficava difícil para os pais monitorarem os filhos em lugares maiores e com muito mais possibilidades de encontros, que eram favorecidos pela existência de galpões de fábricas e enormes linhas de montagem, que os casais usavam para descobrir e praticar os prazeres do amor. Como conseqüência, foi aumentada a quantidade de mães mais jovens e também de mães solteiras, que obviamente não tinham um companheiro com quem pudessem contar para sustentar suas crias e, por esse motivo, eram obrigadas a trabalhar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Após a I Guerra Mundial, período em que inúmeras mulheres trabalharam na fabricação de artefatos bélicos, como munição e bombas, a classe feminina voltou às tarefas domésticas e às demais obrigações do matrimônio, mas agora elas já conheciam um pouco do exterior de seus lares e não se contentariam em resumir suas vidas àquilo.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> No decorrer do Século XX da Era Cristã, as lutas em defesa dos direitos das mulheres foram intensificadas: o sexo feminino invadiu o mercado de trabalho e ocupou vários postos antes restritos a homens; elas conquistaram espaço na música, nas artes, na literatura e, de forma mais tímida, começaram a adentrar o masculino mundo das ciências.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O direito de voto foi conquistado no século passado também, assim como foi nessa época que houve uma grande intensificação do movimento feminista em diversas partes do mundo; sutiãs foram queimados em praça pública e a mini-saia foi inventada. Com certeza, elas chamaram a atenção do mundo, mas todos esses acontecimentos seriam apenas o pontapé inicial para as inúmeras batalhas que seriam travadas a partir de então.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Muitos campos do conhecimento e também vários postos de trabalho ainda permaneciam exclusivos do sexo masculino, não existia um controle sistemático da natalidade e as proles eram muito extensas para o novo estilo de vida das mulheres e das famílias. Além disso, mulheres e homens desenvolvendo a mesma função continuavam a ser remunerados de formas diferentes – estes percebendo salários superiores aos daquelas e, apesar de a mulher trabalhar fora e custear parte das despesas, os afazeres domésticos não eram divididos igualmente entre esposas e maridos, nem mesmo os cuidados e responsabilidades com os filhos e a educação dos mesmos.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A respeito das dificuldades citadas, pode-se ilustrá-las com dois episódios marcantes da luta das mulheres para se afirmarem enquanto seres humanos ativos, com direitos e obrigações como os demais. Um dos acontecimentos foi o massacre de cerca de cem mulheres trabalhadoras de uma fábrica <st1:personname productid="em Nova York" w:st="on">em Nova York</st1:personname> que foram queimadas porque protestavam, reivindicando o direito legítimo de receber o mesmo salário que os funcionários homens que desempenhavam a mesma atividade e cujos salários eram maiores, simplesmente porque pertenciam ao sexo masculino. Isso ocorreu no dia 8 de março e é por esse motivo que essa data passou a ser o Dia internacional da Mulher, uma forma de fazer lembrar as vidas perdidas por algo que deveria vir naturalmente, diante do reconhecimento da igualdade entre os seres humanos.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O outro fato foi a prisão de Margareth Sanger, a primeira médica a orientar suas pacientes a respeito da importância do controle da natalidade. Foi acusada de atentar contra a moral e os bons costumes e teve privada a sua liberdade. Isso ocorreu em pleno século XX, ou seja, não muito distante da época atual.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> É evidente que esses acontecimentos não foram os únicos, infelizmente. O século XX se foi, nasceu o século XXI e, com ele, o terceiro milênio e, apesar de toda evolução científica e cultural por que a humanidade passou, ainda não há igualdade de gênero no sentido verdadeiro do termo, muito menos nas relações trabalhistas, às quais será dado enfoque especial no presente artigo, ao lado da formação das mulheres.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Hoje, elas estão presentes em uma infinidade de funções e estabelecimentos e buscam qualificações nunca antes imaginadas, ousando galgar as alturas espaciais ou mergulhar nas profundezas da terra e dos oceanos. Além disso, podem optar por ter filhos mais tarde, quando a carreira já estiver estabelecida; ou simplesmente não tê-los, se assim lhes convier.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O único porém a respeito dessas opções é saber se vale realmente a pena deixar de constituir família em prol de uma formação acadêmica e do segmento de uma profissão. Não haverá arrependimentos quando chegar a velhice e a mulher se der conta de que está sozinha, sem filhos ou netos, ou um velho companheiro para as horas vazias? </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Até que ponto as escolhas que as mulheres têm de fazer são conscientes? No final, há mais ganhos ou mais perdas?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b>II – Opção ou necessidade?<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> As sociedades, de modo geral, desde muito tempo, incentivam educações diferentes para meninas e meninos: estes são naturalmente preparados para o trabalho, para o estudo, para a assunção do papel de chefe de família e a sua sexualidade é estimulada; aquelas, por sua vez, têm a sua orientação voltada para o lar, para a família e atividades ditas femininas – planos ousados de carreira são desestimulados e a sexualidade é podada (MORENO, 1999).</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A afirmação anterior é perfeitamente aplicável na atualidade, visto que na maioria das famílias as filhas recebem bonecas e itens de “casinhas” e os filhos são presenteados com bolas, carrinhos, animais, kits de profissão etc. A desigualdade entre os sexos é algo que está internalizado no pensamento das pessoas e, muitas vezes, o discurso é moderno e cheio de feminismos, mas a prática é diferente e modo como os casais educam e até a forma de presentear os filhos denunciam uma postura machista.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Dessa forma, os rapazes crescem sem a necessidade de fazer escolhas muito difíceis: de forma espontânea, eles são inseridos no mundo do trabalho, pois deverão ser o provedor da família que vierem a formar. Talvez o tipo de carreira ou o curso superior seja a opção mais complicada nesse universo simplificado do sexo masculino.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> As moças, por outro lado, são bombardeadas por informações de cunho feminista: lutar pelos direitos da mulher está na moda, ocupar um lugar no mercado de trabalho é uma necessidade desse século, profissionalizar-se e manter-se atualizada também. Diante dessas novas demandas, como ficarão as famílias, se as pessoas que são preparadas para administrar os lares e educar a prole não ficam mais em casa?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> É um engano imaginar que as mulheres modernas não pensam nisso. O fato de a mulher ter de se ausentar de sua casa para afirmar-se enquanto profissional ou, em vez disso, dedicar-se exclusivamente ao lar, marido e filhos são escolhas que pesam muito para alguém que, desde a epigênese da infância, vem sendo preparada, mesmo que inconscientemente, para ser mãe e dona-de-casa.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> As mulheres querem, precisam e têm o direito de participar da vida <st1:personname productid="em sociedade. Com" w:st="on">em sociedade. Com</st1:personname> o mundo globalizado e altamente complexo, seria um luxo ficar em casa, cuidando das tarefas domésticas e dos filhos. Por outro lado, se a mulher não faz isso, quem vai fazer, se o homem não foi educado para tal?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Pesquisas recentes apontam que, quando a mulher vai bem no trabalho, os filhos vão mal na escola. Isso comprova que os homens não sabem e/ou não querem assumir parte dessa responsabilidade e também do prazer que é acompanhar o crescimento e o desenvolvimento das crianças e jovens da família. Ora, a mulher não engravida sozinha e tanto a vida a dois, o planejamento familiar, a administração da casa e das finanças e a educação dos filhos devem ser compartilhados pelo casal, sem diferenças sexistas.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Os homens, em sua maioria, são favoráveis que a esposa trabalhe fora e que ajude no orçamento doméstico, afinal é muito cômodo ter com quem dividir as contas e, ao mesmo tempo, não ter que se preocupar com filhos, casa, comida e roupa lavada. Parece absurdo, mas é exatamente isso o que acontece. Muitas mulheres afirmam que descansam quando estão no trabalho, pois em casa não param um minuto sequer.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Entre maridos e esposas que trabalham fora o dia inteiro é normal observar que os primeiros chegam em casa com a sensação do dever cumprido, tomam banho e se jogam no sofá em frente à TV, assistindo a um programa do qual gostem. Quanto às últimas, não descansam enquanto não se certificarem de que as crianças fizeram o dever de casa, que foi tudo bem com seus filhos na escola, que eles se alimentaram e, depois de tudo conferido, ainda vão preparar ou esquentar o jantar, servi-lo e tirar a mesa...</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Na prática, o androcentrismo predomina como determinante das relações familiares, políticas, sociais, trabalhistas entre as pessoas (MORENO, 1999). De forma velada, e muitas vezes inconsciente, a mulher ainda é a responsável por todas as decisões importantes que dizem respeito ao lar e à família. É ela quem escolhe os móveis e utensílios, os alimentos que serão consumidos por todos, a escola dos filhos, a residência, a empregada doméstica ou babá (geralmente do sexo feminino), o local onde o grupo irá passar as próximas férias. O homem não tem tempo para ir a uma reunião escolar do filho, nem de orientá-lo nas tarefas de casa; o que ele precisa é de encontrar as refeições prontas, a casa limpa e organizada, não importando quanto sacrifício a sua companheira tivera que fazer para tal.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Atualmente, muitas mulheres descartam questões importantes como o matrimônio e a maternidade porque estabeleceram como prioridades para suas vidas os estudos e a carreira, que obviamente são cruciais para que o ser humano possa desenvolver suas potencialidades e exercitar suas habilidades e, principalmente, para que possa participar ativamente na construção da sociedade que se deseja. Não se deve julgá-las por isso, mas é pertinente questionar o porquê disso só acontecer com o sexo feminino – os homens, normalmente, fazem sucesso em suas profissões, independentemente de serem ou não casados e pais ao mesmo tempo, sem necessariamente ter que fazer escolhas. Como isso é possível?</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Uma das possíveis razões para os homens incorporarem com tamanha naturalidade os diversos papéis de pai, esposo e homem de negócios é oriunda da forma como as famílias educam os meninos para o trabalho e a chefia da casa. Ao mesmo tempo, ele não é cobrado pela sociedade pelo fato de não saber cozinhar ou de não possuir outros dotes domésticos.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O mundo exige uma participação mais ativa das mulheres nos processos e movimentos sociais e políticos e, paralelamente, ainda se espera que elas dêem conta da casa e da família de modo exemplar, o que obviamente não é esperado do sexo oposto. Nesse ponto percebe-se um paradoxo quanto às expectativas da sociedade em relação às atribuições femininas diante das masculinas. O que vale para um não tem serventia para o outro e vice-versa – as relações entre as pessoas são discriminadas quanto ao gênero, como característica mais importante de identificação de outrem.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Diante de tantas pressões e exigências, as mulheres estão perdendo a sua identidade e, nesse contexto, muitas tentam agir feito homens, como se isso pudesse garantir os seus direitos. De certa forma, as próprias mulheres estão sendo machistas, uma vez que tentam imitar os estereótipos criados para designar o sexo masculino. O jeito de ser e agir é muito peculiar a cada pessoa, independente de questões sexistas, mas se a mulher puder escolher, será que não vai querer ser exatamente como é: delicada, atenciosa, forte e firme a um só tempo? E quanto aos homens, não poderiam também ser meio como as mulheres, mais atenciosos e com um toque de delicadeza? Com certeza, o mundo se tornaria um lugar muito melhor. Nem sempre a mulher escolhe o que vai fazer ou como se posicionar, porque cotidianamente a sociedade impõe padrões de comportamento para cada situação de vida e, muita coisa que se afirma ser escolha, na verdade é falta de opção.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Algumas mulheres na atualidade encaram o trabalho fora de casa como uma prova pela qual elas têm de passar para poderem ser aceitas em determinados grupos sociais ou simplesmente para mostrar que são capazes de desempenhar outras funções além das domésticas.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Além dessas, há um número muito mais significativo de pessoas do sexo feminino que trabalham por necessidade mesmo; porque, caso contrário, a renda de seu parceiro não será suficiente para suprir as principais necessidades da família, como moradia, alimentação, vestuário, educação etc. nesse caso, não houve possibilidade de escolha. A mulher fez a única coisa sensata a fazer.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Finalmente, existe uma parcela significativa de mulheres que são chefes de família, sendo elas totalmente responsáveis pela manutenção da casa, podendo ou não ter um companheiro e, com certeza, se pararem de trabalhar, passarão necessidades. Também aí não se pode falar de opção. Com certeza, pouquíssimas pessoas, independente de sexo, podem dar-se ao luxo de optarem por não desenvolverem quaisquer atividades produtivas no atual estágio da humanidade.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Portanto, não são as mulheres que exigem a sua aceitação no mundo do trabalho, mas o mercado é que expandiu-se e absorveu uma mão-de-obra muito maior e mais diversificada do que a que a masculina poderia oferecer. Elas não procuram emprego simplesmente para sair de casa, a fim de se livrarem do trabalho doméstico e da rotina, mas principalmente por necessidade. E, uma vez inseridas nesse processo, buscam qualidade para a sua vida, tanto fora, como dentro de casa.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b>III – Direitos iguais para pessoas diferentes<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Homens e mulheres são pessoas diferentes. Os seres humanos não são todos iguais, independentemente do gênero, e nem por isso se deve desrespeitar uns aos outros. Ao contrário, é na diversidade e nas contradições que os sujeitos aprendem, interagindo entre si. Se as relações humanas fossem pautadas no amor e no respeito, não haveria necessidade de se criar mecanismos de proteção aos direitos de determinados grupos ou classes, como as mulheres.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> As próprias mulheres ainda não chegaram a um consenso sobre o que é melhor para elas e para a sociedade como um todo: se é assumir o papel de “rainha do lar” e preencher a lacuna deixada por elas próprias quando ganharam o mercado de trabalho; ou se desdobrar nas duas funções; ou ser uma executiva de sucesso, somente.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Há muita omissão por parte das mulheres e das outras pessoas também, quando o desejo real daquelas não é levado em conta, por falta de conhecimento sobre os seus direitos e, não raramente, por falta mesmo de auto-conhecimento e auto-estima, de modo que elas ficam confusas, vagando em várias direções sem saber, ao certo, aonde querem chegar.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Ainda hoje as meninas são educadas para serem pacíficas, femininas, delicadas e, de algum modo, passivas. Essa forma de educar as filhas reflete as idéias androcêntricas internalizadas pelas famílias ao longo dos tempos (MORENO, 1999). Muitas mulheres são passivas porque foram criadas dessa maneira e se acostumaram a calar; e várias outras o são por comodismo, porque lutar dá trabalho, expõe a pessoa, que pode ser vista como chata, feminista, intelectual (com sentido pejorativo), podendo ser antipatizada pelos seus atos.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O papel ativo da mulher na sociedade a expõe a correr certos riscos, que muitas vezes não está disposta a correr e acaba por ficar em casa, por conta da idéia de proteção transmitida pelo lar, pelo matrimônio, pela família. Essa idéia, em inúmeros casos, é falsa: o que parece ser cuidado, um ciúme de leve, é, na verdade, posse; a aparente atenção com a saúde da mulher, junto com a idéia de fragilidade da mesma, é uma forma de violência simbólica, velada, que significa dizer que a mulher é fraca, inferior. A respeito da saúde feminina, é oportuno salientar que a mulher vive mais e melhor que o sexo oposto, porque é mais cuidadosa com o seu organismo e freqüenta os consultórios médicos periodicamente, com uma freqüência superior ao homem. O IBGE comprova que a longevidade é maior entre as mulheres, no Brasil. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> De qualquer forma, escolhendo ou não ter uma formação e seguir uma carreira, sendo essa opção pensada ou forçada, em quaisquer hipóteses, haverá conseqüências tanto positivas quanto negativas. Se o homem ainda não é capaz de dedicar parte de seu tempo às tarefas domésticas e á educação dos filhos, conseqüentemente a mulher vai ficar sobrecarregada com o fardo interno e externo de trabalho e responsabilidades, ou então uma das atribuições será negligenciada (ou ambas), sem, no entanto, diminuir o cansaço da trabalhadora, ou o sentimento de culpa da mãe, junto á frustração por não conseguir desenvolver bem nenhum dos dois papéis.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> No tocante às diferenças, é salutar destacar o papel da mídia, que dita padrões rígidos de beleza para as pessoas, especialmente para a mulher, que deve seguir o modelo magérrimo, de cabelo escovado e impecavelmente maquiado e vestido segundo a moda. Essa é mais uma corrente da qual a mulher precisa libertar-se e isso só acontecerá quando ela se conhecer e se aceitar em sua individualidade.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A mulher é vítima de um sistema social machista, mas ao mesmo tempo é também responsável pela manutenção dessa conjuntura e, não raramente, ajuda a perpetuá-la. Isso acontece quando ela não se manifesta diante de acontecimentos que podem influenciar em seu modo de vida, desde fatos corriqueiros como o uso de expressões sexistas, semelhantes às que ocorrem no trânsito, a exemplo da famigerada “mulher no volante, perigo constante”, até questões mais delicadas como a violência doméstica, assédio sexual e moral no trabalho etc.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Notadamente, as vítimas de espancamento denunciam mais os seus parceiros agressores na atualidade, mas isso é referente apenas ao lado visível da violência, que não tem como ser escondida, por ser evidenciada pelos hematomas e cicatrizes. Porém, existe um tipo de agressão ainda mais terrível do que a imposta por castigos físicos, que é a violência moral. Esse tipo de agressão consiste em ofensas verbais, desrespeito à individualidade da pessoa, rebaixamento da mulher a mero objeto e desmerecimento das atividades desenvolvidas por ela.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> As agressões morais são sutis e devidamente disfarçadas sob o véu de maridos “protetores” e que só desejam o “melhor” para suas esposas e que dizem somente a “verdade”, a fim de ajudá-las a crescer e a aprender – essa é a pior face do assédio moral: é que dificilmente as vítimas têm consciência da tortura mental à qual estão submetidas, chegando mesmo a acreditar que são seres imprestáveis e insignificantes, assim como incapazes de aprender e de ajudar a transformar a realidade.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Os homens possuem um tipo físico mais avantajado que as mulheres e procuram usá-lo como objeto de poder com o intuito de intimidar, de manipular e de impor suas vontades e opiniões sobre suas companheiras, o que não ocorre quando a mulher é mais forte fisicamente que o seu parceiro.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Apesar das diferenças biológicas e também das criadas e estimuladas pela sociedade, homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, e isso está muito claro na Constituição Federal Brasileira, no inciso I, artigo 5º do título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais. O Legislador foi extremamente feliz em explicitar a posição igualitária da Carta Magna, porém, mais adiante percebe-se a preocupação com o não-cumprimento dessa norma por parte dos cidadãos, quando são estipulados mecanismos de proteção à mulher trabalhadora e também à gestante e à lactante.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O que o Legislador defende é também o que se espera que seja feito para que as mulheres possam ter oportunidades de acesso e permanência no trabalho, na universidade, e em quaisquer outros locais que quiserem, com iguais chances de progredir nos campos profissional e pessoal, de modo que esses avanços possam repercutir de forma positiva na sociedade à qual elas pertencem.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Para que haja um equilíbrio entre os diferentes, é necessário que se respeite o outro, sem distinções de gênero, etnia, classe ou cultura; é primordial que se dê crédito ao potencial de cada um, não importando se a pessoa é branca, pobre, mulher ou homossexual. Para isso ocorrer, deve-se investir na educação das futuras gerações, de modo a ser preparadas para a vida na coletividade, em que existam apenas seres humanos, sem a dicotomia homem/mulher. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;"><b>Conclusões<o:p></o:p></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Diante do que foi exposto ao longo desse texto, pode-se perceber que existem inúmeros obstáculos à afirmação das mulheres enquanto seres autônomos, críticos e participativos nos processos sócio-políticos da realidade em que estão inseridas. Dessa forma, pode-se questionar se haverá o dia em que elas serão consideradas e respeitadas enquanto seres humanos únicos e essenciais para a evolução da humanidade em todos os campos.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Em primeiro lugar, as mulheres devem abandonar o papel de espectadoras e entrar de vez em cena, coadjuvando com as mudanças que precisam ser pensadas e postas em prática a fim de promover uma inserção real e consciente da mulher no mundo. As políticas para mulheres não devem partir do sexo oposto ou da minoria da classe feminina. Faz-se necessária a massificação dos direitos da mulher e da importância da sua participação nos processos decisórios e, para isso, deve-se investir em publicidade e propaganda, bem como fomentar a inserção feminina nas letras, artes e principalmente nas ciências. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A mulher precisa politizar-se e adentrar no mundo da política, não só escolhendo os governantes, mas candidatando-se e ajudando a eleger mulheres, pois o número delas nesse universo ainda é muito pequeno. Nos principais cargos políticos predomina a presença masculina e, mesmo assim, muitas mulheres ainda se prestam ao deplorável papel de emprestar nomes para compor chapas de partidos que não promovem a verdadeira integração feminina ao seu quadro, servindo de “laranjas” para atender a uma disposição legal, que exige que 30% dos candidatos de cada partido seja do sexo feminino (STUART, 2005). </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> As políticas públicas para mulheres só serão satisfatórias quando forem elaboradas por elas, que são as principais interessadas e sabem exatamente o que é melhor para si – isso com ampla participação da classe. É claro que há homens capazes de compreender as necessidades femininas, mas eles já estão presentes em tantos espaços, que soaria como uma incoerência a liderança deles também nesse aspecto.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A mulher deve refletir sobre os diversos papéis que desempenha na atualidade, dentro e fora de casa. Em vez de queixar-se ou submeter-se ao machismo reinante, ela pode beneficiar-se do fato de ser a principal responsável pela educação dos filhos e mudar radicalmente os valores que passará para eles, minimizando o máximo possível a dicotomia menina/menino.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> O diálogo com os parceiros – maridos, namorados, amantes, pais, irmãos – deve ser exercitado cotidianamente, a fim de se estabelecer as regras de convivência, a divisão de tarefas, responsabilidades e despesas. Antes disso, é essencial que a mulher já tenha estabelecido uma conversa consigo mesma, buscando conhecer-se e definir o que é mais importante para a sua realização como pessoa.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> Enquanto a sociedade não reconhece e respeita os direitos da mulher, é necessário que os governantes estabeleçam mecanismos de proteção ao sexo feminino, que possam garantir as suas conquistas e liberdades e, ao mesmo tempo, coíbam os abusos de toda natureza contra elas, principalmente a violência, que acaba de perder um round com a Lei Maria da Penha. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> No passado, as mulheres se viram sugadas pela corrente do desenvolvimento e pelas mudanças aceleradas que ocorreram à sua volta, sem ter o tempo necessário de refletir, ou mesmo opções para realizar escolhas e tomar decisões e mesmo assim evoluíram bastante e conquistaram muitas coisas, abrindo espaço por entre os inúmeros entraves. Hoje, ainda existem muitos obstáculos, mas há também armas, e a principal delas é o conhecimento, que está mais acessível e pode auxiliar imensamente as mulheres a garantir seus direitos, mesmo que elas não queiram usufruir de todos eles.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"> A mulher precisa estudar, ter uma profissão e depois constituir família, ser esposa, mãe ou vice-versa; ou uma coisa ou outra; ou ainda criar modos alternativos de vida, de estrutura familiar, desde que essas escolhas sejam cônscias da colheita futura, que poderá dar bons e maus frutos. E, em quaisquer hipóteses, a responsabilidade pelo seu destino é somente dela, inclusive quando for omissa. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><o:p> </o:p><b style="text-align: center;">Bibliografia consultada</b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">ARAUJO, Ulisses F. <u>Os direitos humanos na sala de aula: a ética como tema transversal</u>. – São Paulo: Moderna, 2001;</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">BESSA, Karla Adriana Martins (ORG). <u>Trajetórias do gênero, masculinidades...</u>; Cadernos Pagu. Núcleo de Estudos do Gênero. Unicamp: Campinas, São Paulo. 1998;</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Brasil – Constituição (1988)/ obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz de Toledo Santos Windt e Lívia Céspedes. – 40 ed. Atual. – São Paulo: Saraiva, 2007; </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">CHALITA, Gabriel. <u>Mulheres que mudaram o mundo</u> – 1 ed. – São Paulo: Companhia editora Nacional, 2005;</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">CNTE. <u>Retrato da escola 3 – A realidade sem retoques da educação no Brasil</u>, 2003. In: <a href="http://www.cnte.org.br/">www.cnte.org.br</a>;</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">JUSTE, Marília. <u>ODM devem ser ‘feminizados’, diz jurista</u>. – São Paulo, 08/-3/2006. In: <a href="http://www.pnud.org.br/">www.pnud.org.br</a>;</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">MORENO, Montserrat. <u>Como se ensina a ser menina: o sexismo na escola</u>; coordenação Ulisses Ferreira de Araújo; tradução Ana Venite Fuzatto. – São Paulo: Moderna; Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1999;</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">SCHIMIDT, Mario Furley. <u>Nova história crítica: ensino médio: volume único.</u> – 1ª ed. – São Paulo: Nova Geração, 2005;</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">STUART, Ana. <u>Igualdade entre homens e mulheres</u>. <span lang="EN-US">In: <a href="http://www.acessa.com/viver.">www.acessa.com/viver.</a> Acessado em: 17/12/2007;<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">UNEB/ BRASIL. <u>Um perfil do estudante universitário</u>. 1996. (Seminário)</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">VEJA NOTÍCIA. <u>País é o 74º em ranking de igualdade entre os sexos</u>. In: <a href="http://www.vejaonline.abril.com.br/">www.vejaonline.abril.com.br</a> de 08/11/2007;</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sítios consultados:</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><a href="http://www.cfemea.org.br/">www.cfemea.org.br</a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><a href="http://www.comciencia.br/reportagens/mulheres">www.comciencia.br/reportagens/mulheres</a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><a href="http://www.direitos.org.br/">www.direitos.org.br</a> de 17/01/2006</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><a href="http://www.ibge.gov.br/">www.ibge.gov.br</a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><a href="http://www.noticias.terra.com.br/brasil/interna">www.noticias.terra.com.br/brasil/interna</a> de 18/11/2007</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><a href="http://www.politicaparana.blogspot.com/">www.politicaparana.blogspot.com</a></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><a href="http://www.sec.ba.gov.br/">www.sec.ba.gov.br</a> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><a href="http://www.sindromedeestocolmo.com/archives/2004">www.sindromedeestocolmo.com/archives/2004</a> de 09/03/2004</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><a href="http://www.unesco.org.br/">www.unesco.org.br</a></div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-73967401639953466172012-03-30T20:23:00.000-03:002012-03-30T20:23:25.697-03:00Inferência criada pela bolsista do Pibid Adriana - Uneb/CMLEM<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkvf2OG9DWYoQKYgx7C31bz2gzrcp9wc8TZTBYZJGFimdiR0xNp67eXEzRVe2uFs_iKBS7e4qpPSyMunkkFux6pLZEO_XUM2n3NlHevg8LuCO9MFr1wwVd3K0kLW9YSiNR71Hvtl7L96k/s1600/Slide1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" dea="true" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkvf2OG9DWYoQKYgx7C31bz2gzrcp9wc8TZTBYZJGFimdiR0xNp67eXEzRVe2uFs_iKBS7e4qpPSyMunkkFux6pLZEO_XUM2n3NlHevg8LuCO9MFr1wwVd3K0kLW9YSiNR71Hvtl7L96k/s320/Slide1.JPG" width="320" /></a></div><br />
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Pela lápide acima, você pode dizer - <strong>Quem morreu?!</strong>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-34704064854502023502012-03-30T16:56:00.000-03:002012-03-30T16:56:54.853-03:00Produzindo inferências<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL_HruWbD326iqgOzsc03XS82sdbjMX9rKBWnuKO4Zaj6ku6nGZXSu7byHm6LdQ9Y9NaLxEhipqPjAcQ8ocl6eSPVveQO9weGZ_-SczTbWCyE8nmhzXUYxVaNLD3ZXjCIiDEuHdCl5aGo/s1600/Slide6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" dea="true" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL_HruWbD326iqgOzsc03XS82sdbjMX9rKBWnuKO4Zaj6ku6nGZXSu7byHm6LdQ9Y9NaLxEhipqPjAcQ8ocl6eSPVveQO9weGZ_-SczTbWCyE8nmhzXUYxVaNLD3ZXjCIiDEuHdCl5aGo/s320/Slide6.JPG" width="320" /></a></div>Quem morreu?!Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-74679786157424785142012-03-30T11:29:00.012-03:002012-03-30T11:49:47.855-03:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcDUdfqQFdkAf_3_YyV-w-wf4SIELFMsySV0GNzXrdTXMnHVRUaDpfwDVY9Fot3jYXlcT3k8WYMI9W753QpRts0OZU38xX3MoL2k5gQUjYCsZLOOmK8PPMZxXuKhf0FdUuOKnQ2n9k8O8/s1600/Slide1.JPG" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="text-align: center;float: left; margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcDUdfqQFdkAf_3_YyV-w-wf4SIELFMsySV0GNzXrdTXMnHVRUaDpfwDVY9Fot3jYXlcT3k8WYMI9W753QpRts0OZU38xX3MoL2k5gQUjYCsZLOOmK8PPMZxXuKhf0FdUuOKnQ2n9k8O8/s400/Slide1.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725700115075347762" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMat-hY4EIujyfoLrbW7X7kbGlhsYuEmSJ-e2rifhs6V04fiCn9HNt2QhZ0CZQynvVBbGpzm__jzrqfqoWOshLpNnvQyrXy8lh_5uXAuhCqF9E_N3GtsK_2YS8k1huy_hnERcnLZQv4F8/s1600/Slide2.JPG" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMat-hY4EIujyfoLrbW7X7kbGlhsYuEmSJ-e2rifhs6V04fiCn9HNt2QhZ0CZQynvVBbGpzm__jzrqfqoWOshLpNnvQyrXy8lh_5uXAuhCqF9E_N3GtsK_2YS8k1huy_hnERcnLZQv4F8/s400/Slide2.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725700023611683874" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9e8K07eaoYm7OXceplDcmokZspmhM2r7Pz9w6TBYgZVxA_Kq0CFfzdOq3AJENgAMjPrGoEYX9qDNEIMlSNtS4iSjTejV2NjJxld2bGdSkZPzPU1fZ2kr03-T91VH1vyS4ubURQswiAVM/s1600/Slide3.JPG" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9e8K07eaoYm7OXceplDcmokZspmhM2r7Pz9w6TBYgZVxA_Kq0CFfzdOq3AJENgAMjPrGoEYX9qDNEIMlSNtS4iSjTejV2NjJxld2bGdSkZPzPU1fZ2kr03-T91VH1vyS4ubURQswiAVM/s400/Slide3.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725699846875080386" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb0LGQalpc1FO0mG7dmvvARYkWITHEnWPoC3i-YQNr9EJH7NwGuZblCEkwQ2PPZbbPFZQc6Kg57aofgEcytBs_1nzqtSwDWWiAAsd7SW8Vwcugp_rF-upyYy_ZdSYPkB6pCawRGY5D8Cw/s1600/Slide4.JPG" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb0LGQalpc1FO0mG7dmvvARYkWITHEnWPoC3i-YQNr9EJH7NwGuZblCEkwQ2PPZbbPFZQc6Kg57aofgEcytBs_1nzqtSwDWWiAAsd7SW8Vwcugp_rF-upyYy_ZdSYPkB6pCawRGY5D8Cw/s400/Slide4.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725699737834864466" /></a><div style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span style="font-size: 100%; "><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicENR-Y2QnCuDkIBytp00vxInm289UJRcLtiw12omfgy-9cBGS-uhWYplMHQhtllbF8htSo0L1gmTYx2MpESGHrF8EdFlOOQKiCwZEWao0if6W64AqN7DZjjsrM2yVY1Bz9vV4f11-lJ0/s1600/Slide5.JPG" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="text-align: justify;float: left; margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicENR-Y2QnCuDkIBytp00vxInm289UJRcLtiw12omfgy-9cBGS-uhWYplMHQhtllbF8htSo0L1gmTYx2MpESGHrF8EdFlOOQKiCwZEWao0if6W64AqN7DZjjsrM2yVY1Bz9vV4f11-lJ0/s400/Slide5.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725699650740634114" /></a><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrivZ7oS10p5ErCy5MaQi9KSVTtuDzhwogMIX_NpiseIRVfMq51wDHZTGJsQ3PYiD5ZvHCH8PgfoNqX3IEs7M2JPrWRv5LMswsp-arjLcqGWMVjUCNLN43XWEEGrXyfHOpYW9y_luHXN0/s1600/Slide6.JPG" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img style="text-align: justify;float: left; margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px; " src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrivZ7oS10p5ErCy5MaQi9KSVTtuDzhwogMIX_NpiseIRVfMq51wDHZTGJsQ3PYiD5ZvHCH8PgfoNqX3IEs7M2JPrWRv5LMswsp-arjLcqGWMVjUCNLN43XWEEGrXyfHOpYW9y_luHXN0/s400/Slide6.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725699546930800274" /><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVaYFNEOqIQbMIsBwuSO4TsuHbCXmju86RUH4GS-5wdCp7XtrLhPpWpn7j-DbfrzN4K5PlzVkqS8tCRePy8uSEzUcDt0UhnmF_hEYmnqTM1kRybRdyQL-F8HNegSl_1z06j-_QSunbQvg/s400/Slide7.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725699410589835538" style="color: rgb(0, 0, 0); float: left; margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px; " /></a><div><u><br /></u><div style="text-align: justify;"><br /></div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><br /><div><br /><br /><br /><br /><div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc2XKAgzkDtkwOhL659x8Vyc2rcmqLpPiZqL3BBZjFbd8pRMlsd_nD8Thuld5Pw3GAXCR2BWdEfTl1bFm2-9W6001elxIUhGcDeyXgN6qWRQd9M5aMIAF_rpJvBV4sMz_OdWZ1_VKiCVI/s1600/Slide8.JPG" style="font-size: 100%; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc2XKAgzkDtkwOhL659x8Vyc2rcmqLpPiZqL3BBZjFbd8pRMlsd_nD8Thuld5Pw3GAXCR2BWdEfTl1bFm2-9W6001elxIUhGcDeyXgN6qWRQd9M5aMIAF_rpJvBV4sMz_OdWZ1_VKiCVI/s400/Slide8.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725699312965952450" style="float: left; margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px; " /></a><div><div><span><u><br /></u></span><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></div></div></div></div></div></div></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify; "><span><br /></span></div><div style="text-align: justify; "><span>Esta apresentação contém a parte específica do Projeto de Intervenção para o uso do laboratório de informática do CMLEM - Irecê. Foram 5 dias de formação muito proveitosos, embora cansativos.</span></div><div style="text-align: justify; "><span><br /></span></div><div style="text-align: justify; "><span><br /></span></div><div style="text-align: justify; "><span>Valeu, Galera!!</span></div></div><div><br /></div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-50270186803343732752012-03-30T10:50:00.000-03:002012-03-30T10:52:45.967-03:00Reflexões sobre a inclusão digital<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%">A inclusão digital ainda se restringe a uma utopia. No Brasil de pleno século XXI, percebe-se alguns avanços na economia, no aumento da oferta de vagas no mercado de trabalho e também nos cursos superiores, com o programa de expansão das universidades federais e com outras iniciativas suplementares, tais como o Enem, o Prouni e a facilitação para a criação de faculdades. No entanto, persiste um atraso em relação à universalização do uso das TIC's (Tecnologias de Informação e Comunicação). Há inúmeras famílias que não possuem recursos para adquirir PC's (do inglês - Personal Computers = computadores pessoais); além disso, muitas escolas não possuem laboratório de informática e, aquelas que têm, muitas vezes as máquinas estão sucateadas e/ou obsoletas. Como é sabido de todos, o acesso à internet ou outros aplicativos em <i>lan houses</i> não é seguro e custa caro, excluindo assim, grande parte dos prováveis usuários das TIC's.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%">A implantação de laboratórios nas escolas públicas facilitaria bastante o acesso a grande parte da população de baixa renda, de onde são oriundos a maioria dos alunos dessas instituições, democratizando o acesso e emprego das modernas tecnologias.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.45pt;line-height: 150%">É possível observar, em turmas de Ensino Médio de escolas públicas, que ainda há uma grande quantidade de estudantes que não têm <i>e-mail</i>; nem mesmo utilizam as redes sociais mais populares, como <i>Facebook</i>, <i>Twitter</i> e <i>MSN</i>. Nesses casos, esses alunos são excluídos das formas mais modernas e usuais de comunicação na atualidade. Além dessas perdas, também pode-se mencionar a impossibilidade de realizar pesquisas e obter informações de todas as partes do mundo, com extrema facilidade, sem esquecer de que o computador ainda oferece inúmeras outras possibilidades de uso, como a produção, edição e publicação de textos, nos quais podem circular livremente ideias e opiniões diversas.</p>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-86165847982514281982012-03-28T17:10:00.006-03:002012-03-28T17:38:04.431-03:00O uso das TIC na atualidade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDCkb2xsOIWuwyRD8RZZQ_t2kqJJfoNaMSKQLKBGqfxnAGpaOqhwvMsjrh45W9x67L8-PQuV6dQUiSH54Lze1CqUhssq7lYu7odOr6hjjLd1OM0xPiEClb0NuJ3lQ00FJC358_RDsNyFA/s1600/abc+tecnologico.jpeg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 113px; FLOAT: left; HEIGHT: 135px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5725047381169632098" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDCkb2xsOIWuwyRD8RZZQ_t2kqJJfoNaMSKQLKBGqfxnAGpaOqhwvMsjrh45W9x67L8-PQuV6dQUiSH54Lze1CqUhssq7lYu7odOr6hjjLd1OM0xPiEClb0NuJ3lQ00FJC358_RDsNyFA/s320/abc+tecnologico.jpeg" /></a><br /><br /><div align="justify">As crianças estão crescendo rapidamente, preocupando pais e educadores, que querem preservar a infância daquelas. O acesso da garotada à <em>net</em> pode possibilitar a vista a conteúdos impróprios, como sexo, racismo e preconceitos de todos os tipos. Assim, A <em>internet</em> pode ser vista como algo ruim, visto que traz muita coisa negativa; mas, por outo lado, há também na rede muita informação e conteúdo de qualidade, que ajuda a democratizar o acesso ao conhecimento.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Diante de assunto tão complexo, faço os seguintes questionamentos, para que pensemos:</div><br /><div align="justify">1- <em>Internet</em>: heroína ou vilã?</div><br /><div align="justify">2- As crianças e jovens devem ter livre acesso à internet?</div><br /><div align="justify">3- Qual foi a melhor coisa da <em>internet</em>?</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Sugestões para o trabalho com as TIC em sala de aula:</div><br /><div align="justify">a) Criação de blog da turma, para postagem de textos, no qual todos podem comentar;</div><br /><div align="justify">b) Texto coletivo, produzido no MSN;</div><br /><div align="justify">c) Mural da turma no Facebook, onde serão deixados todos os recados, bem como fotos de eventos marcantes, links, sugestão de filmes, livros, textos e comentários.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">E bom trabalho a todos!!!!!!!!!</div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-90395914937153861622010-09-19T23:19:00.000-03:002010-09-19T23:45:47.733-03:00O enxerimento da SEC minou meu próprio enxerimento<div align="justify">Hoje passei a tarde fazendo o exame de Certificação para os professores da Rede Estadual: nem fácil, nem difícil; mas cansativo.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Elogios: questões bem elaboradas e abordagens atuais;</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Críticas: míseras 20 linhas para a dissertação sobre a indisciplina na sala de aula (parte pedagógica) e, pior, as mesmas parcas linhas para tratar de estilo e linguagem em Guimarães Rosa!! (parte específica)</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Pense num sofrimento: cortei de um lado, resumi de outro e, por fim, não tendo mais como "ataiar", empreguei a conhecida técnica de meus alunos: reduzi o tamanho da letra. Depois, meio culpada, fiquei me perguntando se a banca examinadora terá lupas a seu dispor... (Confesso que a ideia me agradou, pois assim eles poderiam sentir-se um pouco como nós, professores)</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Os ventos sopraram em meu favor quanto aos conteúdos específicos: houve cerca de 10 questões sobre o trabalho com gêneros textuais nas aulas de Português, embora algumas opções fossem extremamente parecidas com outras, na hora de escolher a letra certa.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Lá fora, quando havia terminado de fazer o exame, encontrei uma galera de Uibaí: Geografia, História e outras áreas: todos queixaram do espaço exíguo para as questões abertas!! </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Na minha sala houve 7 abstenções, de 25 lugares - um número alto (quase um terço), mas parece que nas outras o povo compareceu em massa.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Bem, após essa intensa luta com as palavras, saí da sala 170 do Luiz Viana com uma tremenda dor de cabeça e a imagem convidativa de minha cama macia no escurinho do meu quarto girando em minha mente exausta...</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Pior foi encontrar os adolescentes da vizinha que foi para a roça em uma farra interminável: música e vozes altas - uma algazarra sem fim (ou melhor, acabou agora há pouco). Ufa!!!</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Foi muito gênero textual por hoje: vamos esperar o resultado...</div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-25955555926108864972010-09-19T23:17:00.000-03:002010-09-19T23:18:57.176-03:00LibertaçãoHoje quero escrever algo solto...<br />Sem rima, sem métrica e de poucos acentos<br />Ponto-e-vírgula ponto e interrogações<br />Não quero nem perguntas nem respostas<br /><br />Fico imaginando a cama larga e convidativa<br />O sol em seu brilho infinito<br />Mar lua vinho violão<br />E outras coisas menos poéticas<br /><br />Hippies sons estradas e chão<br />Vento cheiro de mato aventura<br />Sentir-me viva de um jeito inédito<br /><br />Posso chorar, inclusive<br />As feridas e a dor na estrada<br />Fazem parte da libertação<br /><br /><br />Irecê/BA, 19/09/2010Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-51900899520430087042010-09-18T22:21:00.000-03:002010-09-18T22:23:55.983-03:0018 de setembro de 2010<div align="justify">Hoje, reli as primeiras 27 páginas do livro Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido. Inicialmente há um prefácio com uma sucinta descrição dos autores e suas atividades. Em seguida, há a apresentação, na qual os organizadores (L. A. Marcuschi e Antonio Carlos Xavier) buscam situar o leitor quanto ao assunto que cada autor vai tratar no decorrer da obra. Também salientam a relevância do trabalho: “A linguagem é uma das faculdades cognitivas mais flexíveis e plásticas adaptáveis às mudanças comportamentais e a responsável pela disseminação das constantes transformações sociais, políticas, culturais geradas pela criatividade do ser humano.” (MARCUSCHI e XAVIER, 2010. p. 11) E, mais adiante: “Conceitos fundamentais de hipertexto, gêneros digitais, discurso, leitura e ensino a distância mediados pelo computador são analisados nos diversos trabalhos aqui presentes.” (ID, p.11)<br />O próprio Marcuschi é o autor do primeiro artigo do livro: Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital, no qual faz um apanhado geral desses novos gêneros, situando-os na era da comunicação e esclarecendo que tais gêneros podem não representar, necessariamente, grandes inovações quanto ao seu formato, visto que muitos deles encontram formas equivalentes em versões menos modernas, como é possível perceber nas relações carta pessoal X e-mail; diários pessoais X weblogs etc. A grande novidade, segundo ele, é o uso que se faz desses novos gêneros textuais, nos quais, muitas vezes, a interação é síncrona e simultânea.<br />Bem, nessas páginas iniciais, só foi possível perceber o exposto acima, por enquanto...</div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-52950867265282418582010-09-17T23:27:00.000-03:002010-09-19T12:19:52.601-03:00Diário de uma Enxerida - 2º dia<div align="justify">Oh, Deus!!! Li 14, das 27 laudas do artigo de Roxane Rojo e, sinceramente, fiquei ainda mais confusa do que já estava: parece-me que a ele pode ser aplicada a máxima do Velho Guerreiro - “Eu não vim para explicar; vim para confundir” (ou algo assim...).<br />Onde terminam os gêneros textuais e começam os gêneros discursivos? Texto e discurso devem andar, necessariamente juntos? Que autor/pesquisador dos gêneros textuais é bakhtiniano? Qual deles não segue a linha teórica de Bakhtin?<br />Desconfio que os autores citados por Rojo podem ser situados num meio termo em relação a Bakhtin, pois convergem em alguns pontos e divergem em outros (pelo menos, foi assim que entendi!!). E parece que as teorias de todos eles (Marcuschi, Adam, Bronckart) são semelhantes, embora haja algumas divergências entre elas.<br />Bom, percebi que definitivamente, não é possível, ou pelo menos não é pertinente analisar gêneros textuais sem, como afirmou muito bem Focault, adentrar nessa “ordem arriscada do discurso”. E acredito que a pesquisadora também pensa assim, pelas pistas que fornece no decorrer do artigo: ela critica sutilmente o fato de Marcuschi não esclarecer, no material analisado, a separação entre gênero textual e gênero discursivo, deixando este em aberto.<br />Ora, daí eu fiquei imaginando o teor de cartas, e-mails, contos, crônicas, canções, blogs... as características intrínsecas ou extrínsecas de tais gêneros revelam as intenções por trás dos discursos? Não necessariamente, mas fornecem pistas. Um discurso só pode ser legitimado se levarmos em consideração quem fala, de onde fala, por que e para que(m) fala; ainda em que momento, situação, contexto. Por outro lado, existe algum texto, seja ele de qualquer natureza, desinteressado, neutro?<br />Os gêneros textuais são denominados por conta de suas particularidades, permanências; e quanto aos gêneros discursivos? De acordo com o Dicionário eletrônico Michaelis – UOL, gênero - s. m. 1. Grupo de seres que têm iguais caracteres essenciais. 2. Lóg. A classe que tem mais extensão e portanto menor compreensão que a espécie. 3. Biol. Grupo morfológico intermediário entre a família e a espécie. 4. Gram. Flexão pela qual se exprime o sexo real ou imaginário dos seres. 5. Espécie, casta, raça, variedade, sorte, categoria, estilo etc. 6. Lit. e Bel.-art. Assunto ou natureza comum a diversas produções artísticas ou literárias. S. m. pl. Com. Quaisquer mercadorias. (Grifos meus) e discursivo – “adj. Que procede por meio de raciocínios”. Assim, pela simples associação entre os termos e seus respectivos significados, é possível concluir que um único gênero textual pode conter vários discursos. Dependendo da natureza do discurso, uma carta pessoal será completamente diversa de outra carta pessoal. Portanto, mesmo que o objeto de uma análise seja restrito a um único gênero textual, existirão gêneros discursivos outros, enviesados por este ou aquele propósito, que são fundamentais para a compreensão do texto.<br /><br />As ideias estão fervilhando em minha cabeça, mas já estou cansada. Por hoje é só.</div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-60348984536330638732010-09-16T22:19:00.000-03:002010-09-19T12:22:19.319-03:00Investigando a escrita nos weblogs...<div align="justify">Bem, a partir de hoje, 16 de setembro de 2010, postarei diariamente as minhas leituras, impressões, reflexões e interações a respeito do meu projeto de pesquisa intitulado (a princípio): Os usos do weblog como produção textual e de sentidos, que culminará no TCC do curso de Letras da Uneb/DCHT – Irecê/BA. </div><div align="justify"><br />De algum tempo para cá, houve mudanças significativas no foco da pesquisa: refleti sobre o que realmente eu gostaria de investigar em relação à escrita pessoal na internet e ontem conversei com a Profª Hilderlândia, que sugeriu o estabelecimento de relações com a prática pedagógica. </div><div align="justify"><br />Hoje, troquei ideias com o Prof. Felipe Serpa (o filho), que fez intervenções significativas no projeto de pesquisa: algumas formais e outras voltadas para a adequação temática. Chegamos ao denominador comum de que gêneros textuais, digitais ou não, caminham lado a lado com as intenções explícitas ou veladas presentes nos discursos. </div><div align="justify"><br />Comecei a leitura de um artigo de Roxane Rojo sobre gêneros dos discursos e gêneros textuais e também recomecei a leitura do livro Hipertexto e gêneros digitais, sob a organização de Marcuschi e Antônio Xavier, ambos da UFPB. </div><div align="justify"><br />Senti que esta tarefa não será fácil!!!</div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-89158108989417591312010-07-24T10:00:00.000-03:002010-07-24T10:04:09.270-03:00Revivescências<div align="justify"><br /> <br /><br /><br />Íamos um bando de mulheres, todas adultas, no carro a caminho da cidade. Estávamos voltando da Faculdade e tagarelávamos como adolescentes.<br />O percurso da Uneb até a rodoviária é feito em torno de seis a oito minutos, tempo que é gasto com um repertório de “prosa” que gira em torno de homens (claro!), roupas, queixas sobre os trabalhos do semestre e algumas bobagens; na verdade, uma boa quantidade de bobagens, para alegrar a vida, justificam algumas.<br />Um dia desses, dei carona a quatro colegas, mais ou menos as quatro de sempre. Conversa vai, conversa vem e, de repente, alguém soltou a palavra que ativaria o dispositivo do riso e de memórias guardadas há muito tempo: - Blá, blá, blá... Pêlos pubianos...<br />- O quê?! Eu entendi direito?! – diz uma, às gargalhadas.<br />- Pêlos pubianos, rapaz?! De onde essa menina tirou isto?! – fala outra, entre soluços de tanta graça.<br />Eu, por minha vez, ameacei-as de pagar uma lavagem completa no carro, caso eu urinasse ali mesmo, de tanto rir.<br />O motivo do riso das outras, desconheço; mas desconfio que deve ser algo parecido com o que me lembrei: quando eu era adolescente, havia um grupo de amigas, na escola, que viviam grudadas, participavam de tudo juntas: os projetos, as comemorações, os trabalhos, as “paneladas”...<br />Em um desses encontros do grupo, estavam todas empolgadas com o mais novo professor: ele não era bonito, mas todas estavam curiosamente encantadas, talvez fosse pela masculinidade, a eloquência ou a paixão pelo ensino, ou talvez pelo conhecimento que emanava dele, saindo pelos seus poros.<br />Elas, todas adolescentes, ficavam ligadas no professor, em todos os seus gestos, em todas as falas – passaram a amar a literatura, mesmo aquelas que não tinham lido uma única obra inteira dos clássicos.<br />Estavam, nesse dia, a conversar sobre o professor, que agora era o assunto favorito das conversas delas e, em meio a um burburinho desenfreado de adolescentes excitadas e tagarelas, a dissecar a sua mais nova vítima (o desajeitado professor de Literatura), Bibi soltou:<br />- Vocês não viram uma coisa!! Acho que só eu vi: no dia que o professor Raul espreguiçou na sala... – interrompeu a fala, em meio a pulos e gritinhos de contentamento.<br />- No dia que ele estava com aquela camiseta meio curta, sobre aquelas calças largas e perigosamente baixas no quadril?! – interrompeu Gigi, eufórica.<br />- E a barriguinha branca dele ficou à mostra?! – disse, exasperada, Mamá.<br />- Eu vi! Eu vi! – gritou, gloriosa, Tany.<br />E Bibi, com os olhos arregalados e aquela expressão de quem tinha inventado a roda, disse, vitoriosa:<br />- Ele espreguiçou, deixou bem à nossa vista a sua pele branquela, uma grande fileira de pêlos ruços, meio avermelhados – nós vimos os pêlos pubianos dele!! – disse isso e fechou a sua fala com uma gargalhada gostosa e safada (fiquei pensando: e quando ela for adulta?!).<br />Pois é, somos “adultas” hoje, e o episódio do carro fez-me sentir como aquela adolescente outra vez. Somos adultas?!</div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-50932012994728356602010-04-15T11:44:00.000-03:002010-04-15T11:47:45.025-03:00Janelas da alma<div>À primeira vista<br />Parecem ter a negritude da noite<br />A um olhar desatento<br />Mostram-se sérios e sombrios<br /><br />Mas eles não são negros<br />Nem tampouco circunspectos:<br />Meus olhos são castanhos<br />E a alegria e perspicácia brincam em suas profundezas<br /><br />Aqui e ali saem à tona<br />Através de indecifrável brilho<br />Do mel da sua cor reluzem estrelas<br />Que semeiam luz por todo o meu ser<br /><br />O corpo, a pele, os cabelos<br />Tudo muda com o tempo<br />Mas os olhos permanecem intactos<br />Como marcas registradas<br />De afirmação da individualidade<br /><br />Gosto de absolutamente tudo em mim<br />Porém os meus olhos,<br />Espelhando minh’alma<br />São do meu corpo o que mais amo:<br />Centelhas de luz,<br />Transparência sem fim:<br />Janelas da alma,<br />Espelhos de mim!<br /><br /><br /><br />Ivânia Rocha.<br /><br />Irecê/BA, 25/03/2010.</div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-56591340003872335252010-01-13T09:14:00.000-03:002010-01-13T09:54:51.749-03:00SOLIDÃO<div align="justify">Há dias em que me sinto imensamente solitária... Hoje é um desses dias, e é por isso que senti necessidade de escrever.</div><div align="justify">Nunca me imaginei escrevendo sobre meus sentimentos íntimos em um diário público; no entanto, diante da ausência de amigos com os quais eu poderia conversar, achei melhor colocar no blog as minhas angústias. Afinal, acredito que não sou a única a ficar assim, <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">sorumbática</span>. Com certeza, outras pessoas, em algum momento de suas vidas, também se sentiram uma ilha em meio a um oceano de pessoas.</div><div align="justify">Essa metáfora da ilha entre uma multidão é recorrente, porém não encontrei nenhuma expressão mais apropriada.</div><div align="justify">Pois bem: os negócios e o trabalho da prosa do marido soam distantes e sem brilho; os altos <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">papos</span> dos filhos adolescentes são brilhantes demais, <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">purpurinados</span> até. Não dá para me interessar nem por um, nem por outro.</div><div align="justify">Os programas da TV nunca me pareceram tão enfadonhos!! Deus nos salve! Enjoei todas as músicas, todos os sites, todas as salas de bate-papo...</div><div align="justify">Os amigos de verdade são poucos e raros e estão mergulhados em seus próprios problemas...</div><div align="justify">Bem, graças a Deus que tenho esse blog! À medida que vou colocando as tribulações na tela do PC, vou <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">refletindo</span> sobre elas, sobre a vida, sobre os desencontros e <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">desencantos</span>: é como se fosse uma conversa comigo mesma; e de certo modo, é isso mesmo: uma reflexão.</div><div align="justify">Aos trinta e uns, já era para ter definidos os meus planos e <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">objetivos</span> de vida. Pois confesso que às vezes eles aparecem nítidos em minha mente; em outros momentos, a cabeça parece girar em um turbilhão extremamente confuso de emoções e sentimentos <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">contraditórios</span>.</div><div align="justify">Sei que desejo concluir a <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">Licenciatura</span> em Letras que está em andamento; quero fazer mestrado na área de Linguística ou Literatura; pretendo escrever os contos, as memórias, as invenções e as ideias que povoam a minha mente, a fim de <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">compartilhar</span> com outras pessoas esse universo curioso e infinito de imaginação, poesia, encanto e desencanto que é a mente humana.</div><div align="justify">Não sei <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-error">exatamente</span> qual é o meu estilo, mas sei que quero escrever para muita gente: para os cansados, os tristes, os <span id="SPELLING_ERROR_10" class="blsp-spelling-error">injustiçados</span>, os pobres, os feios - todos aqueles que, de alguma forma, não se encaixam nos tipos forjados pela sociedade de consumo: para as pessoas que, assim como eu, se sentem meio <span id="SPELLING_ERROR_11" class="blsp-spelling-error">ET</span>'s.</div><div align="justify">Pedagoga de formação, adoro a sala de aula, mas vejo como um <span id="SPELLING_ERROR_12" class="blsp-spelling-error">acinte</span> à humanidade os baixos salários dos professores: aí vem mais uma contradição em minha vida: adoro o que faço e <span id="SPELLING_ERROR_13" class="blsp-spelling-error">lecionar</span> é extremamente <span id="SPELLING_ERROR_14" class="blsp-spelling-error">prazeroso</span>, mas com o que ganho não é possível ter qualidade de vida, pois os salários vergonhosos dos educadores não lhes possibilitam ter acesso à cultura e muito menos ao lazer de qualidade.</div><div align="justify">Bem, como estou mesmo contrariada, não vou escrever mais que isso, para não cansar os leitores e a mim mesma.</div><div align="justify">Até mais...</div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-28065766346576310992010-01-12T16:55:00.000-03:002010-01-12T16:57:53.062-03:00Fazer-se homemSeus cabelos pintando<br />Sua idade cronológica avançando<br />Mas você continua um menino:<br />O homem está incipiente em seu ser<br />Sua vida está apenas começando<br /><br />O tempo passa: 20, 30... quase 40!<br />Mas o seu riso lhe dá apenas poucos anos, talvez uns 8...<br />O jeito moleque traz o adolescente à tona<br />E, de vez em quando, você se torna filho dos filhos<br />Bagunça tanto, que ninguém agüenta!<br /><br />Mas, às vezes, o seu aspecto se torna sombrio:<br />A sua testa se enruga, o olhar perde o brilho<br />Você se torna mais velho que o tempo<br />E sem a sabedoria que vem da experiência<br /><br />Felizmente, o seu coração se renova<br />E as trevas da preocupação dão lugar à vida<br />O brilho do sol faz resplandecer a esperança<br />Aos poucos, o menino co0meçaa a fazer-se homem.<br /><br /><br /><br />* Dedicado ao meu esposo, Eriston Rocha, por ocasião do seu aniversário (16/09/2009)Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-49960146142119008062010-01-12T16:43:00.000-03:002010-01-12T16:45:14.253-03:00ModernidadeAs provas são difíceis.<br />Eu também.<br />A vida assusta; eu mais.<br />As lutas diárias são muitas,<br />Mas eu continuo tentando <br /><br />Nos excessos do cotidiano<br />O maremoto do consumo<br />A avalanche da sensualidade,<br />A violência, o medo: escuridão<br />O moderno é velhamente antiquado<br /><br />Retornamos à barbárie?<br />Ou sequer saímos dela?<br />Carros, fuligem, lixo, lixo, lixo.<br />Violência, drogas, armas, luto, luto, luto.<br /><br />Cores esgarçadas<br />De esquinas encardidas<br />Buzinas, máquinas, gritos, música<br />Há esperança em meio ao caos?<br /><br /><br />Ivânia Rocha.<br />Irecê/BA, 18/07/2009.Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-77237764631897395942009-11-13T21:56:00.000-03:002009-11-13T22:23:38.872-03:00Pirulito<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqmoVRMwTu1FMSqHk62_g58DZgXAwMTbYjk88YXVygjT0DJck6322UmRl0xRMK1_VYZYoJLw90QKF1_jgRCTysK0Fd1TUqFGKQWQcy5Walc-8axpHERDsrPfaK5yDNbVi-cdFNRqpl7CE/s1600-h/1pirulito.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 254px; FLOAT: left; HEIGHT: 244px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5403758648577324290" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqmoVRMwTu1FMSqHk62_g58DZgXAwMTbYjk88YXVygjT0DJck6322UmRl0xRMK1_VYZYoJLw90QKF1_jgRCTysK0Fd1TUqFGKQWQcy5Walc-8axpHERDsrPfaK5yDNbVi-cdFNRqpl7CE/s320/1pirulito.jpg" /></a><br /><div>Pirulito, lito, lito<br />De morango ou framboesa<br />Você é saboroso<br />Bem gostoso com certeza!<br /><br />Pirulito, lito, lito<br />Qual é o teu sabor?<br />Pirulito, lito, lito<br />Está cheio de amor!<br /><br />Êita, o que a fome não faz??<br /><br /></div><div></div><div></div><div></div><div>Irecê/BA, 26/10/2009</div><div> </div><div> </div><div> </div><div></div><div></div><div>Imagem: Google</div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-26392968530888054702009-11-13T21:54:00.000-03:002009-11-13T21:55:41.638-03:00Tom da vidaSentir é bom<br />Mesmo que seja ruim<br />Sentir o som<br />No fundo de mim<br /><br />Seguir o tom<br />Da canção assim<br />Sentir o dom<br />Da vida em mim<br /><br />Fazer é bom<br />Quando se está a fim<br />Dançar ao som<br />De um querubim<br /><br />Quero usar batom<br />Estourar festim<br />Apreciar o tom<br />De qualquer jasmim<br /><br />Viver ao som<br />Como um arlequim<br />Levando o tom<br />Até o fim<br /><br />Irecê/BA, 13/11/2009Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-42746520875931302742009-11-13T21:53:00.000-03:002009-11-13T21:56:40.671-03:00A paixãoUm beijo selado calorosamente<br />Um abraço apertado, peito a peito,<br />As batidas de dois corações<br />No mesmo compasso<br /><br />A troca de olhares<br />Que se alargam ao infinito<br />O desejo de estar junto<br />O céu e o inferno de amar<br /><br />As carícias, pele na pele<br />Os afagos, mãos no cabelo<br />Almas nas mãos do outro<br />E pés nas nuvens<br /><br />A paixão é magnífica<br />Embala, retorce, flameja<br />É veneno e remédio<br />Atestado de vida<br /><br />É horrível desapaixonar-se<br />Atestado de óbito<br />Vida sem graça e sem brilho<br />Vida sem vida<br /><br />Irecê/BA, 13/11/2009Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-76806518738362044852009-11-13T21:46:00.000-03:002009-11-13T22:08:03.558-03:00TormentosEm meio à tempestade<br />Os cabelos cheios de vida<br />E o brilho dos olhos<br />Parecem zombar do meu sofrimento<br /><br />A alma estraçalhada em mil pedaços<br />Em franco contraste com a pele luzidia<br />As curvas do meu corpo<br />Não revelam o doloroso sentimento<br /><br />A angústia, o medo, a dor<br />Padecimentos de um espírito atordoado,<br />Cansado, maltratado, endurecido<br />(Ou seria amolecido?) pela vida<br /><br />Em meio à tormenta<br />Ouço meu corpo e minha alma<br />Sinto aquele aperto no peito<br />Gritar dentro do meu ser<br /><br />E, curiosamente, percebo:<br />Estou muito viva e alerta<br />A dor, a tristeza, a angústia<br />São mazelas de todo mortal<br /><br />E quem vive indiferente<br />Morreu para a vida<br />Perdeu o seu lado gente<br />Coração sem batida<br /><br /><br />Irecê/BA, 13/11/2009Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-86120983982994129602009-11-10T20:43:00.000-03:002009-11-10T21:03:04.939-03:00ANÁLISE LITERÁRIA DO POEMA “HOJE”, DE WALY SALOMÃO<div align="justify">Waly Salomão foi um baiano do sul da Bahia, filho de pai turco e mãe baiana e que desde cedo manteve contato com livros. Nascido dessa mistura de raças, uma mostra de tolerância e convivência entre os diferentes, não é de se estranhar que esse hibridismo se espelhasse em seus poemas, através da mistura de temas e, principalmente, através da liberação de sentimentos e idéias extravagantes, sonoras, chamativas.</div><div align="justify"><br />No poema “Hoje”, o eu-lírico demonstra o seu frenesi pela vida, a sua sede de celebrar o momento presente: o aqui e o agora – sem cerimônia! E, mesmo sem expressá-lo claramente, ele demonstra o desejo implícito de passar uma borracha no passado, de suplantá-lo, uma vez que cultuando o presente, está, de certo modo, negando o passado.</div><div align="justify"><br />A composição do poema consiste em quatro estrofes heterogêneas, que por sua vez são compostas de versos livres e brancos, ou seja, cada estrofe possui um número distinto de versos e estes não possuem uma quantidade definida de sílabas, nem rimas, com exceção de alguns versos aleatórios cuja sonoridade converge com a de outros, provocando a rima (diplomacia/ dia-a-dia – 3º e 5º versos da 3ª estrofe, respectivamente).</div><div align="justify"><br />O autor retoma, acredito que de forma consciente, à tendência adotada pelos modernistas da primeira fase do Modernismo brasileiro, que foi de combate ao passado, às formas de se fazer arte e cultura até aquele momento: logo na primeira estrofe o eu-lírico, que está em primeira pessoa, declara abertamente que não quer seguir as regras, as normas vigentes na sociedade – “O que menos quero pro meu dia/ polidez, boas maneiras.” Em seguida, faz uma alusão às convenções da gramática normativa, quando afirma “Quando nasci, nasci nu,/ ignaro da colocação do ponto e vírgula,/ e, principalmente, das reticências.” Nesse ponto, é possível fazer uma correlação com o poema “Poética”, de Manuel Bandeira, no trecho: “Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo./ Abaixo os puristas// Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais/ Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção/ Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis.”<a style="mso-footnote-id: ftn1" title="" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7999988423815264685#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>. Os dois autores pregam a liberdade de expressão, o uso irrestrito das palavras, sem regras que porventura possam limitar o ato comunicativo. Aliás, a poesia de Waly também se parece com a de Manuel Bandeira no estilo da linguagem empregada por ambos, na necessidade de utilizar palavras e expressões simples, compreensíveis para uma gama de leitores.<br /> </div><div align="justify">Na segunda estrofe, o eu-lírico demonstra toda a sua vontade de dar movimento à sua vida, de desestruturar a ordem vigente, de estabelecer o seu próprio ritmo, a sua “batida”, assinalar o território da sua “tribo”. Essa cadência forte aparece no poema através da repetição da palavra ritmo, que dá uma sonoridade aos versos da estrofe que pertencem, se assemelhando aos poemas do Concretismo, que procuram retratar semelhanças entre o significante e o significado.<br /></div><div align="justify">Na terceira estrofe, novamente é possível perceber a intertextualidade com Bandeira: outra vez o texto de “Hoje” e de “Poética” dialogam entre si. Agora, os três primeiros versos dessa estrofe (“Não está prevista a emissão/ de nenhuma “Ordem do dia”./ Está prescrito o protocolo da diplomacia.”) se aproximam dos versos iniciais do poema de Bandeira: “Estou farto do lirismo comedido/ Do lirismo bem comportado/ Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.” O dialogismo dos dois consiste no desejo de ambos de romper o protocolo, de descer as máscaras sociais impostas pela boa educação, de agir livremente, sem regras. Está implícito nos dois textos uma certa ironia, uma ligeira crítica à burocracia e também uma aversão à hierarquia, perceptíveis no emprego de expressões como “protocolo da diplomacia” e “manifestações de apreço ao sr. diretor” em Waly e Bandeira, respectivamente.</div><div align="justify"><br />Waly Salomão transita, muito à vontade, entre o moderno e o pós-moderno. Na dita terceira estrofe o poeta traz elementos da pós-modernidade, como a agitação e a propaganda, que são dois ícones da atualidade, uma vez que estão presentes na vida das pessoas: esta, em toda a parte; aquela, principalmente entre os moradores das grandes metrópoles. Na referida estrofe há a reiteração do ritmo frenético suscitado pelo autor: não se trata de qualquer ritmo, mas é algo muito forte – “ápice do ápice”, nas palavras do próprio Waly.</div><div align="justify"><br /> Na quarta e última estrofe, Waly utiliza a metalinguagem para confirmar algumas impressões as quais já havíamos descrito anteriormente: o tom irônico que perpassa todo o poema e também a nítida conexão com o Modernismo. Mas ele vai além, ele procura justificar a necessidade do eu-poético por ritmo e, ao mesmo tempo, mostrar que a simples busca de ritmo não é algo fácil, banal, corriqueiro. Neste ponto, ele utiliza uma metáfora, quando o eu-lírico compara o seu próprio ritmo ao ritmo da água que jorra da torneira, que se mostra ora regular, ora aleatória.</div><div align="justify"><br />Na estrofe final também o poeta recorre ao uso de imagem concreta, quando ele dá a forma da água que sai da torneira aos versos, que ora são fortes, caudalosos; ora são meros respingos, demonstrando a instabilidade rítmica proposta pelo poeta no decorrer do texto.</div><div align="justify"><br />No final, a imagem que se tem é de um Waly apaixonado, vibrante e inquieto; de alguém que não passaria a vida em branco de forma alguma. De fato, o escritor não escreve à toa, cada escrito contém um pouco da essência de quem o escreveu: mesmo que a disposição das palavras fosse aleatória, mesmo assim, a escolha dessa e não daquela palavra já é suficiente para fornecer pistas sobre o pensamento e a postura do escritor.</div><div align="justify"><br />O poema em questão está situado em seu tempo, revestido de caracteres pós-modernos, tanto no que concerne ao conteúdo, quanto à forma (disposição de estrofes e versos, prevalência de versos brancos e livres) e, ao mesmo tempo, retoma o Modernismo e o Concretismo, dando a justa impressão ao leitor que o poeta, de fato, está intercalando um estilo a outro, materializando o ritmo do eu-lírico, que não é uniforme, mas aparece multifacetado e em processo permanente de mudança, sendo construído e desconstruído em todo o poema.</div><div align="justify"><br />Um único olhar sobre o poema não dá conta da miríade de possibilidades contidas no texto poético, como afirma Norma Goldstein: “A interpretação dificilmente será a palavra final, se for feita por uma só pessoa. O texto literário talvez seja aquele que mais se aproxima do sentido etimológico da palavra ‘texto’: entrelaçamento, tecido.” (GOLDSTEIN, 2006. p. 12). Então, pode-se concluir que o presente texto é uma interpretação possível, e que provavelmente existirão outras tantas análises, que poderão convergir ou divergir desta, mas a leitura que se faz aqui é uma possibilidade real, a tessitura do tecido com o entrelaçamento que se vislumbrou para nós.</div><div align="justify"><br />Reprodução do poema, na íntegra:<br /><br />Hoje <br /> Waly Salomão</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O que menos quero pro meu dia</div><div align="justify">polidez,boas maneiras.</div><div align="justify">Por certo, </div><div align="justify"> um Professor de Etiquetas</div><div align="justify">não presenciou o ato em que fui concebido.</div><div align="justify">Quando nasci, nasci nu,</div><div align="justify">ignaro da colocação correta dos dois pontos,</div><div align="justify">do ponto e vírgula,</div><div align="justify">e, principalmente, das reticências.</div><div align="justify">(Como toda gente, aliás...)<br /></div><div align="justify">Hoje só quero ritmo.</div><div align="justify">Ritmo no falado e no escrito.</div><div align="justify">Ritmo, veio-central da mina.</div><div align="justify">Ritmo, espinha-dorsal do corpo e da mente.</div><div align="justify">Ritmo na espiral da fala e do poema.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Não está prevista a emissão</div><div align="justify">de nenhuma “Ordem do dia”.</div><div align="justify">Está prescrito o protocolo da diplomacia.</div><div align="justify">AGITPROP – Agitação e propaganda:</div><div align="justify">Ritmo é o que mais quero pro meu dia-a-dia.</div><div align="justify">Ápice do ápice.</div><div align="justify"><br />Alguém acha que ritmo jorra fácil,</div><div align="justify">pronto rebento do espontaneísmo?</div><div align="justify">Meu ritmo só é ritmo</div><div align="justify">quando temperado com ironia.</div><div align="justify">Respingos de modernidade tardia?</div><div align="justify">E os pingos d’água</div><div align="justify">dão saltos bruscos do cano da torneira </div><div align="justify"> e</div><div align="justify">passam de um ritmo regular</div><div align="justify">para uma turbulência </div><div align="justify"> aleatória.</div><div align="justify"><br />Hoje... </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify">Reprodução do poema de Manuel Bandeira, utilizado em comparação ao de Waly:<br /><br />POÉTICA</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> Manuel Bandeira<br /> Estou farto do lirismo comedido</div><div align="justify">Do lirismo bem comportado</div><div align="justify">Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de </div><div align="justify">apreço ao sr. diretor.</div><div align="justify">Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo</div><div align="justify">Abaixo os puristas</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais</div><div align="justify">Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção</div><div align="justify">Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Estou farto do lirismo namorador</div><div align="justify">Político</div><div align="justify">Raquítico</div><div align="justify">Sifilítico</div><div align="justify">De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">De resto não é lirismo</div><div align="justify">Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres etc.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Quero antes o lirismo dos loucos</div><div align="justify">O lirismo dos bêbados</div><div align="justify">O lirismo difícil e pungente dos bêbados</div><div align="justify">O lirismo dos clowns de Shakespeare</div><div align="justify"> </div><div align="justify">- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br /><a style="mso-footnote-id: ftn1" title="" href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7999988423815264685#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> BANDEIRA, Manuel. Poética. Disponível em: www.infoescola.com/livros/estrela-da-vida-inteira/ - 31k –Presente na obra: BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 2 ed. Rio de Janeiro, J. Olympio, 1970.</div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-45744990528194621572009-11-10T20:35:00.000-03:002009-11-10T20:43:37.228-03:00Análise do conto "Um moço muito branco"<div align="justify">ROSA, Guimarães. <strong>Um moço muito branco</strong>. In: ROSA, Guimarães. Primeiras Estórias. – 1. ed. Especial. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. (Col. 40 Anos, 40 livros/ pp. 139 à 144)<br /> </div><div align="justify"> Por: Giomara Gomes e Ivânia Rocha<br /><br />Um moço muito branco é um dos contos do livro “Primeiras Estórias”, do escritor mineiro João Guimarães Rosa, um dos mais curtos, por sinal, com apenas seis laudas. Similar aos outros contos quanto à linguagem, mas diferindo daqueles no que tange à temática, que faz menção a elementos sobrenaturais; também se diferencia das outras estórias por trazer, com exatidão, data e local dos acontecimentos, o que não é comum na obra do referido autor.</div><div align="justify"><br />A ambientação da estória é, notadamente, um ambiente rural, de fazendas, de sertão: mata, rio, montes, rochedos – elementos que fazem parte da realidade do escritor. As personagens são também características: os fazendeiros, o escravo alforriado, o padre e a moça triste, embora o moço muito branco destoe um tanto do restante. Um outro personagem, o cego pedinte, é também recorrente na prosa de Guimarães Rosa, embora nesse conto específico ele não desempenhe o papel profético que lhe é atribuído nos outros textos (A hora e a vez de Augusto Matraga – Sagarana; ou em Cara-de-Bronze – No Urubuquaquá, no Pinhém/ Corpo de Baile), uma vez que nesse texto, o autor da premonição é o negro José Kakende.</div><div align="justify"><br />O conto de João Guimarães Rosa é iniciado fazendo referência a uma imensa tempestade, semelhante ao dilúvio retratado na Bíblia:<br /><br /><span style="font-size:85%;">“Dito que um fenômeno luminoso se projetou no espaço, seguido de estrondos, e a terra se abalou, num terremoto que sacudiu os altos, quebrou e entulhou casas, remexeu vales, matou gente sem conta; caiu outrossim medonho temporal, com assombrosa e jamais vista inundação, subindo as águas de rio e córregos a sessenta palmos da plana [...] só escombros de morros, grotas escancaradas, riachos longe transportados, matos revirados pelas raízes [...]” (ROSA, 2005. p. 139)<br /></span><br />Em um moço muito branco, surge um mistério após uma tempestade. Um fenômeno luminoso se projetou no espaço, seguido de estrondos e tremores de terra. Porém da assustadora tempestade, onde foram destruídas casas e vales, surge um homem muito branco, que de tão branco parecia ter por dentro da pele uma segunda claridade. O narrador nos faz entender e comparar essa tempestade com o dilúvio e esse moço muito branco que apareceu nessa comunidade para trazer um pouco de luz para as pessoas, com o Messias que veio ao mundo para nos livrar do pecado. </div><div align="justify"><br />O tal moço possuía distintas formas, mas em lastimáveis condições, vestido como um maltrapilho, o qual ninguém sabia de onde veio e de quem se trata, ele não fala nem tem memória, mas tem em suas mãos um poder muito grande de transformar a vida das pessoas que se aproximam e são tocadas por ele. </div><div align="justify"><br />O fato de que todos se transformam diante da presença do moço muito branco, nos faz imaginar que se trata de um ser especial, enviando de outro planeta ou do plano divino. Todas as pessoas da comunidade gostaram dele, principalmente Hilário Cordeiro, o senhor que lhe deu roupas, alimento e abrigo. Duarte Dias, homem “maligno e injusto”, pai da bela moça Viviana, foi quem menos teve afeição por ele. </div><div align="justify"><br />Mais adiante, o narrador evidencia o poder curativo do messias que, vendo nos olhos de Viviana uma profunda tristeza, ele tocou com a palma da mão em seu seio, e a partir desse momento, a alegria tomou conta de seu coração. O narrador sempre nos leva a associar o conto com alguma passagem da Bíblia, semelhante às curas realizadas por Jesus, como na passagem em que este toca uma mulher encurvada no templo e ordena que ela se levante e siga. </div><div align="justify"><br />É um conto muito belo, e que traz a questão do mistério, do impalpável, do desconhecido, como em outros escritos do autor; inclusive se assemelhando um pouco com o episódio de Sagarana, denominado “A hora e a vez de Augusto Matraga”, no qual é retratada a ascensão e queda de Augusto, que se transforma, após o sofrimento e termina a história como santo. Também em Grande sertão: veredas, Guimarães Rosa deixa sempre presente a questão da religiosidade, através dos mistérios e dos “acontecidos” que Riobaldo não conseguia explicar por meio da razão.<br />Tudo muda na vida daquele senhor que recebeu em sua casa o moço muito branco, que nada dizia ou fazia de muito árduo, mas que, de alguma forma, influenciava nas decisões todas que eram tomadas na fazenda do seu anfitrião.</div><div align="justify"><br />É perceptível que a cor do homem não foi escolhida ao acaso, como aliás tudo em Guimarães; a alvura da pele retratava a sua pureza a sua aura interior; não que isto seja um preconceito, pois o inverso não ocorre com a cor preta, uma vez que, na própria estória, o negro José Kakende, como anunciador do acontecimento, é a pessoa mais próxima do messias e também é aquele que parece melhor compreendê-lo.</div><div align="justify"><br />O caso da profecia de José Kakende, escravo “meio” forro e aparentemente um tanto desvairado, merece atenção especial; pois o referido negro, que afirmara ter tido uma premonição de tudo o que sucederia, é como se fosse um dos profetas que previram a vinda de Jesus, muito tempo antes deste encarnar neste Planeta. </div><div align="justify"><br />A luz que trouxe a tempestade pode ser associada a um ovni, embora o autor não afirme isso, mas fica evidente, outrossim, que o moço muito branco não pertence a esta dimensão. Em um dado momento ele se encontra com o cego que pede esmolas à porta da igreja, e dá a este uma semente, que o cego tenta, em vão, comer; passado algum tempo, a semente é plantada e dela surge uma planta exótica, que produz flores de rara beleza e de diversas cores, mais uma evidência de que o moço muito branco era uma criatura vinda de um lugar eqüidistante e provavelmente mais evoluído que a Terra, pelos dons do visitante.</div><div align="justify"><br />O moço muito branco trouxe paz e alegria para todos que se aproximavam dele; inclusive para Duarte Dias, que havia implicado com aquele inicialmente; e que mais adiante também se renderia à sua energia luminosa, que irradiava de seu interior ao seu semblante e adjacências.</div><div align="justify"><br />Da mesma forma misteriosa que surgiu, o moço muito branco desapareceu; de modo que José Kakende afirmara que o messias ascendera ao céu, por não pertencer a esta dimensão. Essa passagem lembra também a volta triunfal de Cristo, após a crucificação, como prova de que as pessoas não são apenas matéria; é isso que nos transmite Rosa, ao trazer essa natureza mágica a seus contos: é como se o autor quisesse, propositalmente, provocar o leitor a refletir sobre os mistérios da vida, as sendas, o inexplicável.</div><div align="justify"><br />Ademais, o conto nos faz um convite irrecusável à espiritualidade e à reflexão; é como se o autor brincasse com a nossa ignorância e incredulidade diante de certas questões que o nosso raciocínio lógico ainda não alcança. </div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7999988423815264685.post-81571063802117130552009-11-10T15:51:00.000-03:002009-11-10T20:33:30.991-03:00Nauane, eu e Viviane - Literatura Viva 2009<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguBXjiGCVjgp_ScsKwRPXFB2R9ojFsAXYqo-MtiC0nBIzK4hKpyymZWy-8VJUC6Ye2iN-ssMnzXfTC5XEyruBH02dZlWizFCs_dbgAgJXs70spKq67DMO64cbTw4eAhFBH75xuxkCp214/s1600-h/P5120011.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5402550536046805666" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguBXjiGCVjgp_ScsKwRPXFB2R9ojFsAXYqo-MtiC0nBIzK4hKpyymZWy-8VJUC6Ye2iN-ssMnzXfTC5XEyruBH02dZlWizFCs_dbgAgJXs70spKq67DMO64cbTw4eAhFBH75xuxkCp214/s320/P5120011.JPG" /></a>2V9: Decorada com fotos, poemas e petições do advogado e escritor uibaiense Osvaldo Alencar, autor do livro Canabrava do Gonçalo, cuja narrativa retorna ao povoamento e fundação da Vila de Canabrava, hoje conhecida como Uibaí.</div><div align="justify">Além da obra citada, os alunos leram "Pelas veias da esperança", de Edimário Machado, também natural de Uibaí, que narra a saga de Osvaldo Alencar.</div><div align="justify">Valeu galera!! </div>Ivânia Rochahttp://www.blogger.com/profile/14793910093100011212noreply@blogger.com0