quinta-feira, 15 de abril de 2010

Janelas da alma

À primeira vista
Parecem ter a negritude da noite
A um olhar desatento
Mostram-se sérios e sombrios

Mas eles não são negros
Nem tampouco circunspectos:
Meus olhos são castanhos
E a alegria e perspicácia brincam em suas profundezas

Aqui e ali saem à tona
Através de indecifrável brilho
Do mel da sua cor reluzem estrelas
Que semeiam luz por todo o meu ser

O corpo, a pele, os cabelos
Tudo muda com o tempo
Mas os olhos permanecem intactos
Como marcas registradas
De afirmação da individualidade

Gosto de absolutamente tudo em mim
Porém os meus olhos,
Espelhando minh’alma
São do meu corpo o que mais amo:
Centelhas de luz,
Transparência sem fim:
Janelas da alma,
Espelhos de mim!



Ivânia Rocha.

Irecê/BA, 25/03/2010.

3 comentários:

  1. oi tudo bom,gostei do seu blog.princilpalmente do texto a janela da alma.

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  2. Você, Eslane, é minha amiga e minha aluna do coração...

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  3. pró ivânia sinto saudade de suas aulas.
    janela da alma: magnífico!

    me siga lá.

    abraço

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