sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Tormentos

Em meio à tempestade
Os cabelos cheios de vida
E o brilho dos olhos
Parecem zombar do meu sofrimento

A alma estraçalhada em mil pedaços
Em franco contraste com a pele luzidia
As curvas do meu corpo
Não revelam o doloroso sentimento

A angústia, o medo, a dor
Padecimentos de um espírito atordoado,
Cansado, maltratado, endurecido
(Ou seria amolecido?) pela vida

Em meio à tormenta
Ouço meu corpo e minha alma
Sinto aquele aperto no peito
Gritar dentro do meu ser

E, curiosamente, percebo:
Estou muito viva e alerta
A dor, a tristeza, a angústia
São mazelas de todo mortal

E quem vive indiferente
Morreu para a vida
Perdeu o seu lado gente
Coração sem batida


Irecê/BA, 13/11/2009

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