sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Pirulito


Pirulito, lito, lito
De morango ou framboesa
Você é saboroso
Bem gostoso com certeza!

Pirulito, lito, lito
Qual é o teu sabor?
Pirulito, lito, lito
Está cheio de amor!

Êita, o que a fome não faz??

Irecê/BA, 26/10/2009
Imagem: Google

Tom da vida

Sentir é bom
Mesmo que seja ruim
Sentir o som
No fundo de mim

Seguir o tom
Da canção assim
Sentir o dom
Da vida em mim

Fazer é bom
Quando se está a fim
Dançar ao som
De um querubim

Quero usar batom
Estourar festim
Apreciar o tom
De qualquer jasmim

Viver ao som
Como um arlequim
Levando o tom
Até o fim

Irecê/BA, 13/11/2009

A paixão

Um beijo selado calorosamente
Um abraço apertado, peito a peito,
As batidas de dois corações
No mesmo compasso

A troca de olhares
Que se alargam ao infinito
O desejo de estar junto
O céu e o inferno de amar

As carícias, pele na pele
Os afagos, mãos no cabelo
Almas nas mãos do outro
E pés nas nuvens

A paixão é magnífica
Embala, retorce, flameja
É veneno e remédio
Atestado de vida

É horrível desapaixonar-se
Atestado de óbito
Vida sem graça e sem brilho
Vida sem vida

Irecê/BA, 13/11/2009

Tormentos

Em meio à tempestade
Os cabelos cheios de vida
E o brilho dos olhos
Parecem zombar do meu sofrimento

A alma estraçalhada em mil pedaços
Em franco contraste com a pele luzidia
As curvas do meu corpo
Não revelam o doloroso sentimento

A angústia, o medo, a dor
Padecimentos de um espírito atordoado,
Cansado, maltratado, endurecido
(Ou seria amolecido?) pela vida

Em meio à tormenta
Ouço meu corpo e minha alma
Sinto aquele aperto no peito
Gritar dentro do meu ser

E, curiosamente, percebo:
Estou muito viva e alerta
A dor, a tristeza, a angústia
São mazelas de todo mortal

E quem vive indiferente
Morreu para a vida
Perdeu o seu lado gente
Coração sem batida


Irecê/BA, 13/11/2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

ANÁLISE LITERÁRIA DO POEMA “HOJE”, DE WALY SALOMÃO

Waly Salomão foi um baiano do sul da Bahia, filho de pai turco e mãe baiana e que desde cedo manteve contato com livros. Nascido dessa mistura de raças, uma mostra de tolerância e convivência entre os diferentes, não é de se estranhar que esse hibridismo se espelhasse em seus poemas, através da mistura de temas e, principalmente, através da liberação de sentimentos e idéias extravagantes, sonoras, chamativas.

No poema “Hoje”, o eu-lírico demonstra o seu frenesi pela vida, a sua sede de celebrar o momento presente: o aqui e o agora – sem cerimônia! E, mesmo sem expressá-lo claramente, ele demonstra o desejo implícito de passar uma borracha no passado, de suplantá-lo, uma vez que cultuando o presente, está, de certo modo, negando o passado.

A composição do poema consiste em quatro estrofes heterogêneas, que por sua vez são compostas de versos livres e brancos, ou seja, cada estrofe possui um número distinto de versos e estes não possuem uma quantidade definida de sílabas, nem rimas, com exceção de alguns versos aleatórios cuja sonoridade converge com a de outros, provocando a rima (diplomacia/ dia-a-dia – 3º e 5º versos da 3ª estrofe, respectivamente).

O autor retoma, acredito que de forma consciente, à tendência adotada pelos modernistas da primeira fase do Modernismo brasileiro, que foi de combate ao passado, às formas de se fazer arte e cultura até aquele momento: logo na primeira estrofe o eu-lírico, que está em primeira pessoa, declara abertamente que não quer seguir as regras, as normas vigentes na sociedade – “O que menos quero pro meu dia/ polidez, boas maneiras.” Em seguida, faz uma alusão às convenções da gramática normativa, quando afirma “Quando nasci, nasci nu,/ ignaro da colocação do ponto e vírgula,/ e, principalmente, das reticências.” Nesse ponto, é possível fazer uma correlação com o poema “Poética”, de Manuel Bandeira, no trecho: “Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo./ Abaixo os puristas// Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais/ Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção/ Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis.”[1]. Os dois autores pregam a liberdade de expressão, o uso irrestrito das palavras, sem regras que porventura possam limitar o ato comunicativo. Aliás, a poesia de Waly também se parece com a de Manuel Bandeira no estilo da linguagem empregada por ambos, na necessidade de utilizar palavras e expressões simples, compreensíveis para uma gama de leitores.
Na segunda estrofe, o eu-lírico demonstra toda a sua vontade de dar movimento à sua vida, de desestruturar a ordem vigente, de estabelecer o seu próprio ritmo, a sua “batida”, assinalar o território da sua “tribo”. Essa cadência forte aparece no poema através da repetição da palavra ritmo, que dá uma sonoridade aos versos da estrofe que pertencem, se assemelhando aos poemas do Concretismo, que procuram retratar semelhanças entre o significante e o significado.
Na terceira estrofe, novamente é possível perceber a intertextualidade com Bandeira: outra vez o texto de “Hoje” e de “Poética” dialogam entre si. Agora, os três primeiros versos dessa estrofe (“Não está prevista a emissão/ de nenhuma “Ordem do dia”./ Está prescrito o protocolo da diplomacia.”) se aproximam dos versos iniciais do poema de Bandeira: “Estou farto do lirismo comedido/ Do lirismo bem comportado/ Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.” O dialogismo dos dois consiste no desejo de ambos de romper o protocolo, de descer as máscaras sociais impostas pela boa educação, de agir livremente, sem regras. Está implícito nos dois textos uma certa ironia, uma ligeira crítica à burocracia e também uma aversão à hierarquia, perceptíveis no emprego de expressões como “protocolo da diplomacia” e “manifestações de apreço ao sr. diretor” em Waly e Bandeira, respectivamente.

Waly Salomão transita, muito à vontade, entre o moderno e o pós-moderno. Na dita terceira estrofe o poeta traz elementos da pós-modernidade, como a agitação e a propaganda, que são dois ícones da atualidade, uma vez que estão presentes na vida das pessoas: esta, em toda a parte; aquela, principalmente entre os moradores das grandes metrópoles. Na referida estrofe há a reiteração do ritmo frenético suscitado pelo autor: não se trata de qualquer ritmo, mas é algo muito forte – “ápice do ápice”, nas palavras do próprio Waly.

Na quarta e última estrofe, Waly utiliza a metalinguagem para confirmar algumas impressões as quais já havíamos descrito anteriormente: o tom irônico que perpassa todo o poema e também a nítida conexão com o Modernismo. Mas ele vai além, ele procura justificar a necessidade do eu-poético por ritmo e, ao mesmo tempo, mostrar que a simples busca de ritmo não é algo fácil, banal, corriqueiro. Neste ponto, ele utiliza uma metáfora, quando o eu-lírico compara o seu próprio ritmo ao ritmo da água que jorra da torneira, que se mostra ora regular, ora aleatória.

Na estrofe final também o poeta recorre ao uso de imagem concreta, quando ele dá a forma da água que sai da torneira aos versos, que ora são fortes, caudalosos; ora são meros respingos, demonstrando a instabilidade rítmica proposta pelo poeta no decorrer do texto.

No final, a imagem que se tem é de um Waly apaixonado, vibrante e inquieto; de alguém que não passaria a vida em branco de forma alguma. De fato, o escritor não escreve à toa, cada escrito contém um pouco da essência de quem o escreveu: mesmo que a disposição das palavras fosse aleatória, mesmo assim, a escolha dessa e não daquela palavra já é suficiente para fornecer pistas sobre o pensamento e a postura do escritor.

O poema em questão está situado em seu tempo, revestido de caracteres pós-modernos, tanto no que concerne ao conteúdo, quanto à forma (disposição de estrofes e versos, prevalência de versos brancos e livres) e, ao mesmo tempo, retoma o Modernismo e o Concretismo, dando a justa impressão ao leitor que o poeta, de fato, está intercalando um estilo a outro, materializando o ritmo do eu-lírico, que não é uniforme, mas aparece multifacetado e em processo permanente de mudança, sendo construído e desconstruído em todo o poema.

Um único olhar sobre o poema não dá conta da miríade de possibilidades contidas no texto poético, como afirma Norma Goldstein: “A interpretação dificilmente será a palavra final, se for feita por uma só pessoa. O texto literário talvez seja aquele que mais se aproxima do sentido etimológico da palavra ‘texto’: entrelaçamento, tecido.” (GOLDSTEIN, 2006. p. 12). Então, pode-se concluir que o presente texto é uma interpretação possível, e que provavelmente existirão outras tantas análises, que poderão convergir ou divergir desta, mas a leitura que se faz aqui é uma possibilidade real, a tessitura do tecido com o entrelaçamento que se vislumbrou para nós.

Reprodução do poema, na íntegra:

Hoje
Waly Salomão
O que menos quero pro meu dia
polidez,boas maneiras.
Por certo,
um Professor de Etiquetas
não presenciou o ato em que fui concebido.
Quando nasci, nasci nu,
ignaro da colocação correta dos dois pontos,
do ponto e vírgula,
e, principalmente, das reticências.
(Como toda gente, aliás...)
Hoje só quero ritmo.
Ritmo no falado e no escrito.
Ritmo, veio-central da mina.
Ritmo, espinha-dorsal do corpo e da mente.
Ritmo na espiral da fala e do poema.
Não está prevista a emissão
de nenhuma “Ordem do dia”.
Está prescrito o protocolo da diplomacia.
AGITPROP – Agitação e propaganda:
Ritmo é o que mais quero pro meu dia-a-dia.
Ápice do ápice.

Alguém acha que ritmo jorra fácil,
pronto rebento do espontaneísmo?
Meu ritmo só é ritmo
quando temperado com ironia.
Respingos de modernidade tardia?
E os pingos d’água
dão saltos bruscos do cano da torneira
e
passam de um ritmo regular
para uma turbulência
aleatória.

Hoje...
Reprodução do poema de Manuel Bandeira, utilizado em comparação ao de Waly:

POÉTICA
Manuel Bandeira
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de
apreço ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

[1] BANDEIRA, Manuel. Poética. Disponível em: www.infoescola.com/livros/estrela-da-vida-inteira/ - 31k –Presente na obra: BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 2 ed. Rio de Janeiro, J. Olympio, 1970.

Análise do conto "Um moço muito branco"

ROSA, Guimarães. Um moço muito branco. In: ROSA, Guimarães. Primeiras Estórias. – 1. ed. Especial. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. (Col. 40 Anos, 40 livros/ pp. 139 à 144)
Por: Giomara Gomes e Ivânia Rocha

Um moço muito branco é um dos contos do livro “Primeiras Estórias”, do escritor mineiro João Guimarães Rosa, um dos mais curtos, por sinal, com apenas seis laudas. Similar aos outros contos quanto à linguagem, mas diferindo daqueles no que tange à temática, que faz menção a elementos sobrenaturais; também se diferencia das outras estórias por trazer, com exatidão, data e local dos acontecimentos, o que não é comum na obra do referido autor.

A ambientação da estória é, notadamente, um ambiente rural, de fazendas, de sertão: mata, rio, montes, rochedos – elementos que fazem parte da realidade do escritor. As personagens são também características: os fazendeiros, o escravo alforriado, o padre e a moça triste, embora o moço muito branco destoe um tanto do restante. Um outro personagem, o cego pedinte, é também recorrente na prosa de Guimarães Rosa, embora nesse conto específico ele não desempenhe o papel profético que lhe é atribuído nos outros textos (A hora e a vez de Augusto Matraga – Sagarana; ou em Cara-de-Bronze – No Urubuquaquá, no Pinhém/ Corpo de Baile), uma vez que nesse texto, o autor da premonição é o negro José Kakende.

O conto de João Guimarães Rosa é iniciado fazendo referência a uma imensa tempestade, semelhante ao dilúvio retratado na Bíblia:

“Dito que um fenômeno luminoso se projetou no espaço, seguido de estrondos, e a terra se abalou, num terremoto que sacudiu os altos, quebrou e entulhou casas, remexeu vales, matou gente sem conta; caiu outrossim medonho temporal, com assombrosa e jamais vista inundação, subindo as águas de rio e córregos a sessenta palmos da plana [...] só escombros de morros, grotas escancaradas, riachos longe transportados, matos revirados pelas raízes [...]” (ROSA, 2005. p. 139)

Em um moço muito branco, surge um mistério após uma tempestade. Um fenômeno luminoso se projetou no espaço, seguido de estrondos e tremores de terra. Porém da assustadora tempestade, onde foram destruídas casas e vales, surge um homem muito branco, que de tão branco parecia ter por dentro da pele uma segunda claridade. O narrador nos faz entender e comparar essa tempestade com o dilúvio e esse moço muito branco que apareceu nessa comunidade para trazer um pouco de luz para as pessoas, com o Messias que veio ao mundo para nos livrar do pecado.

O tal moço possuía distintas formas, mas em lastimáveis condições, vestido como um maltrapilho, o qual ninguém sabia de onde veio e de quem se trata, ele não fala nem tem memória, mas tem em suas mãos um poder muito grande de transformar a vida das pessoas que se aproximam e são tocadas por ele.

O fato de que todos se transformam diante da presença do moço muito branco, nos faz imaginar que se trata de um ser especial, enviando de outro planeta ou do plano divino. Todas as pessoas da comunidade gostaram dele, principalmente Hilário Cordeiro, o senhor que lhe deu roupas, alimento e abrigo. Duarte Dias, homem “maligno e injusto”, pai da bela moça Viviana, foi quem menos teve afeição por ele.

Mais adiante, o narrador evidencia o poder curativo do messias que, vendo nos olhos de Viviana uma profunda tristeza, ele tocou com a palma da mão em seu seio, e a partir desse momento, a alegria tomou conta de seu coração. O narrador sempre nos leva a associar o conto com alguma passagem da Bíblia, semelhante às curas realizadas por Jesus, como na passagem em que este toca uma mulher encurvada no templo e ordena que ela se levante e siga.

É um conto muito belo, e que traz a questão do mistério, do impalpável, do desconhecido, como em outros escritos do autor; inclusive se assemelhando um pouco com o episódio de Sagarana, denominado “A hora e a vez de Augusto Matraga”, no qual é retratada a ascensão e queda de Augusto, que se transforma, após o sofrimento e termina a história como santo. Também em Grande sertão: veredas, Guimarães Rosa deixa sempre presente a questão da religiosidade, através dos mistérios e dos “acontecidos” que Riobaldo não conseguia explicar por meio da razão.
Tudo muda na vida daquele senhor que recebeu em sua casa o moço muito branco, que nada dizia ou fazia de muito árduo, mas que, de alguma forma, influenciava nas decisões todas que eram tomadas na fazenda do seu anfitrião.

É perceptível que a cor do homem não foi escolhida ao acaso, como aliás tudo em Guimarães; a alvura da pele retratava a sua pureza a sua aura interior; não que isto seja um preconceito, pois o inverso não ocorre com a cor preta, uma vez que, na própria estória, o negro José Kakende, como anunciador do acontecimento, é a pessoa mais próxima do messias e também é aquele que parece melhor compreendê-lo.

O caso da profecia de José Kakende, escravo “meio” forro e aparentemente um tanto desvairado, merece atenção especial; pois o referido negro, que afirmara ter tido uma premonição de tudo o que sucederia, é como se fosse um dos profetas que previram a vinda de Jesus, muito tempo antes deste encarnar neste Planeta.

A luz que trouxe a tempestade pode ser associada a um ovni, embora o autor não afirme isso, mas fica evidente, outrossim, que o moço muito branco não pertence a esta dimensão. Em um dado momento ele se encontra com o cego que pede esmolas à porta da igreja, e dá a este uma semente, que o cego tenta, em vão, comer; passado algum tempo, a semente é plantada e dela surge uma planta exótica, que produz flores de rara beleza e de diversas cores, mais uma evidência de que o moço muito branco era uma criatura vinda de um lugar eqüidistante e provavelmente mais evoluído que a Terra, pelos dons do visitante.

O moço muito branco trouxe paz e alegria para todos que se aproximavam dele; inclusive para Duarte Dias, que havia implicado com aquele inicialmente; e que mais adiante também se renderia à sua energia luminosa, que irradiava de seu interior ao seu semblante e adjacências.

Da mesma forma misteriosa que surgiu, o moço muito branco desapareceu; de modo que José Kakende afirmara que o messias ascendera ao céu, por não pertencer a esta dimensão. Essa passagem lembra também a volta triunfal de Cristo, após a crucificação, como prova de que as pessoas não são apenas matéria; é isso que nos transmite Rosa, ao trazer essa natureza mágica a seus contos: é como se o autor quisesse, propositalmente, provocar o leitor a refletir sobre os mistérios da vida, as sendas, o inexplicável.

Ademais, o conto nos faz um convite irrecusável à espiritualidade e à reflexão; é como se o autor brincasse com a nossa ignorância e incredulidade diante de certas questões que o nosso raciocínio lógico ainda não alcança.

Nauane, eu e Viviane - Literatura Viva 2009

2V9: Decorada com fotos, poemas e petições do advogado e escritor uibaiense Osvaldo Alencar, autor do livro Canabrava do Gonçalo, cuja narrativa retorna ao povoamento e fundação da Vila de Canabrava, hoje conhecida como Uibaí.
Além da obra citada, os alunos leram "Pelas veias da esperança", de Edimário Machado, também natural de Uibaí, que narra a saga de Osvaldo Alencar.
Valeu galera!!